Gênero: Melodic Death/Modern Metal
País: Suécia
Quarta Fase: 2002~2011
Comentário: Finalmente, a quarta e ultima parte da discografia comentada do In Flames que por acaso é a parte mais extensa, e apesar de que em cada álbum existe uma abordagem e um direcionamento diferenciado, todos eles aqui remetem a mesma coisa: metal moderno, criativo, de uma banda que não tem medo de arriscar e faz músicas que refletem seu atual estado de espirito.
Antes de mais nada queria deixar explicito o quão incrivel foi a capacidade do In Flames de se tornar uma banda completamente única, se você tiver um pouco de intimidade com seus trabalhos, seja do cru Lunar Strain, até aos mais modernos, é possivel perceber que é In Flames a partir desde detalhes minimos quanto timbres vocais ou estilos de riffs e melodias, até as linhas de bateria. Eles ao mesmo tempo que conseguem se remodelar em cada trabalho, conseguem manter características únicas que definiram a banda, aquela sonoridade que não tem o que dizer, é In Flames.
Reroute to Remain talvez seja um dos, se não o mais odiado pelos tr00s “blablabla se venderam whiska sache” é o depoimento trivial dado por eles, incrivelmente é um dos meus álbuns preferidos de todos os tempos. Incorporaram riffs que lembram o new metal, e diminuiram a quantidade de solos, qual o problema disso? (ainda hei de entender qual a importância tão grande que esse povo chato dá pra punheta guitarristica). Enfim, melhor uma banda inovadora, do que uma mediocre e enfadonha que fica repetindo o som de décadas atrás incansavelmente. Os membros da banda estão mais velhos, logo seu som amadureceu com eles, os fãs metalheads de 16 anos provavelmente vão rir, mas pessoas mais velhas costumam apreciar melodias bem trabalhadas nas músicas ao invés de gravações porcas e mal feitas, cuspindo peso e velocidade. E é isso que o In Flames entrega de bandeija, muitas melodias bem feitas, agora muito mais cantado do que berrado, refrões incrivelmente grudentos, músicas que posso dizer com experiência, soam perfeitas ao vivo, parece até que foram feitas pra serem executadas ao vivo. Esse também é o álbum do In Flames que incorpora maior gama de efeitos eletrônicos, samples, e tecladinhos. São elementos simples mas que servem pra dar a atmosfera do trabalho, uma imersão maior e deixar as coisas mais coesas, só sendo muito mente fechada pra ouvir Trigger e não entoar junto “From green to red our day pass by...”
Soundtrack To Your Escape talvez fosse o mais abominado pelos trues, se o Reroute não tivesse sido de fato o álbum responsável pelo maior approach pop, e por ter de fato popularizado o In Flames principalmente pelos Estados Unidos. STYE segue a linha iniciada pelo seu antecessor, mas aqui o In Flames trabalha de forma mais enxuta, sonoridade um pouco mais seca, carrega um pouco de elementos do Metalcore que vinha explodindo e sendo algo completamente novo, diria até que é um dos álbuns mais pesados do grupo (reclamam da falta de melodias nas guitarras), como pode ser visto em faixas como F(r)iend (uma das melhores performances de Anders com guturais e rasgados), mas continua com uma boa exploração dos vocais de Anders pro limpo, com alguns momentos meio gemidos e chorados (que causa ansia em qualquer true). Também cometem o grande pecado de usar sintetizadores, oh meu deus. Soundtrack carrega o álbum com músicas mais porradas e pouco melódicas, algumas baladinhas melancólicas. Vale destacar My Sweet Shadow como uma das letras e músicas mais bonitas da banda, e o clip de Touch Of Red que chega a ser hilário, já que eles encenam um clip na linha dos clips de hip hop com carros, mulheres, crews em resposta aos comentários negativos do tipo “mimimi se venderam”.
Mantendo a média de um álbum a cada 2 anos, em 2006 In Flames aparece com Come Clarity, um álbum meio que revival dos velhos tempos, ao menos ele volta a ser mais rústico, moldado apenas por baixo, guitarra e bateria, sem uso de efeitos eletrônicos ou muitas camadas durante as gravações. Ele é aberto com a esporrenta Take This Life, mas dá espaço também para faixas sofridas como Leeches ou uma das baladinhas mais bonitas da banda, Come Clarity que carrega o nome do CD. Também temos Dead End, que é a unica música da carreira com vocais femininos. Come Clarity é um dos álbuns mais cheios de carga emocional, as letras remetem sem dó nem piedade ao emocore, sofrimento, dor de corno e tudo o mais dão a deixa para momentos raivosos e momentos chorosos.
2008, mais 2 anos se passam desde o último trabalho e In Flames lança A Sense Of Purpose, um dos trabalhos mais interessantes de certo ponto de vista na minha opinião, talvez um dos mais experimentais junto com seu sucessor deste ano. Provavelmente o álbum mais leve do grupo, ele carrega umas doses de viagem, por assim dizer, desde a capa e o titulo do álbum, até em faixas como The Chosen Pessimist, uma depressiva música de 8 minutos, a mais longa já feita por eles. As letras também são bem interessantes, trabalham com pura reflexão pessoal, as vezes até um pouco metafóricas.
Por fim finalmente chegamos em 2011, depois de ansiosos 3 anos de espera, a saída de Jesper Stromblad, até então ultimo membro da formação original que permanecia na banda e um dos principais compositores, a curiosidade em saber como o In Flames se viraria sem ele. The Sounds Of Playground Fading é o álbum mais diferente, mas ao mesmo tempo o mais In Flames de todos. É uma grande fusão de tudo, faixas que remetem diretamente ao aclamado Clayman, faixas com riffs como do Soundtrack, elementos como os de Reroute to Remain, atmosfera do A Sense Of Purpose, enfim, dá pra entender o que eu digo, é uma grande mistura. Da pop-rock alegrinha Liberation, a Jesters Doors apenas com uma atmosfera sombria e narrada, temos faixas pesadas como The Puzzle e Enter Tragedy, ou a quase progressiva faixa-titulo. São vários estilos dentro de um unico CD, músicas completamente diferentes, mas todas que no fim remetem puramente a In Flames, por que é isso que eles são, uma banda única carregada de elementos próprios.
Enfim, finalizo aqui a discografia, espero que gostem, é algo essencial aqui no Pignes visto que é uma das maiores bandas de metal da atualidade, arrastam multidões para seus shows e são headliners de grandes festivais, influenciaram toda uma geração de bandas que arriscaram no metal moderno, e você gostando ou não, merecem muito respeito.
Reroute To Remain
1."Reroute to Remain" 3:53
2."System" 3:39
3."Drifter" 3:10
4."Trigger" 4:58
5."Cloud Connected" 3:40
6."Transparent" 4:03
7."Dawn of a New Day" 3:40
8."Egonomic" 2:36
9."Minus" 3:45
10."Dismiss the Cynics" 3:38
11."Free Fall" 3:58
12."Dark Signs" 3:20
13."Metaphor" 3:39
14."Black & White" 3:33
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Trigger EP
Ano: 2003
Tracklist
1."Trigger (Edit)" 4:04
2."Watch Them Feed" 3:12
3."Land of Confusion" (Genesis cover) 3:22
4."Cloud Connected (Club Connected Remix)" 4:11
5."Moonshield (C64 Karaoke version)" 2:36
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Soundtrack To Your Escape
Ano: 2004
Tracklist
1."F(r)iend" 3:27
2."The Quiet Place" 3:45
3."Dead Alone" 3:43
4."Touch of Red" 4:13
5."Like You Better Dead" 3:23
6."My Sweet Shadow" 4:39
7."Evil in a Closet" 4:02
8."In Search for I" 3:23
9."Borders and Shading" 4:22
10."Superhero of the Computer Rage" 4:01
11."Dial 595-Escape" 3:48
12."Bottled" 4:17
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Used & Abused: In Live We Trust
Ano: 2005
Tracklist
CD Disc 1(Live at Hammersmith)
1. Pinball Map (4:29)
2. System (3:45)
3. Behind Space (3:30)
4. Cloud Connected (4:41)
5. In Search For I (3:33)
6. The Quiet Place (3:47)
7. Trigger (4:40)
8. Touch Of Red (3:20)
9. My Sweet Shadow (4:34)
CD Disc 2 (Live at Sticky Fingers)
1. F(r)iend (3:26)
2. Dead Alone (3:17)
3. Like You Better Dead (3:38)
4. Evil In A Closet (3:51)
5. Borders And Shading (4:06)
6. Superhero Of The Computer Rage (4:02)
7. Dial 595-Escape (3:32)
8. Bottled (3:09)
9. Artifacts Of The Black Rain (3:08)
10. Moonshield (4:27)
11. Food For The Gods (4:09)
12. Jotun (3:36)
13. Colony (4:28)
14. Only For The Weak (4:52)
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Come Clarity
Ano: 2006
Tracklist
1."Take This Life" 3:35
2."Leeches" 2:55
3."Reflect the Storm" 4:16
4."Dead End (featuring Lisa Miskovsky)" 3:22
5."Scream" 3:12
6."Come Clarity" 4:15
7."Vacuum" 3:39
8."Pacing Death's Trail" 3:00
9."Crawl Through Knives" 4:02
10."Versus Terminus" 3:18
11."Our Infinite Struggle" 3:46
12."Vanishing Light" 3:14
13."Your Bedtime Story Is Scaring Everyone" 5:25
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A Sense Of Purpose
Ano: 2008
Tracklist
1."The Mirror's Truth" 3:02
2."Disconnected" 3:37
3."Sleepless Again" 4:12
4."Alias" 4:53
5."I'm the Highway" 3:46
6."Delight and Angers" 3:41
7."Move Through Me" 3:08
8."The Chosen Pessimist" 8:16
9."Sober and Irrelevant" 3:24
10."Condemned" 3:36
11."Drenched in Fear" 3:32
12."March to the Shore" 3:30
13."Eraser" 3:21
14."Tilt" 3:48
15."Abnegation" 3:43
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8 Songs EP
Ano: 2011
Tracklist
1."Deliver Us" 03:30
2."Enter Tragedy" 03:59
3."Discover Me Like Emptiness" 04:18
4."Our Infinite Struggle" 03:46
5."Dead Eternity" 05:00
6."Another Day In Quicksand" 03:57
7."Only For The Weak" (Live At Sticky Fingers) 04:31
8."Cloud Connected" (Live At Hammersmith) 03:47
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Sounds Of A Playground Fading
Ano: 2011
Tracklist
1."Sounds of a Playground Fading" 4:44
2."Deliver Us" 3:31
3."All for Me" 4:31
4."The Puzzle" 4:34
5."Fear Is the Weakness" 4:07
6."Where the Dead Ships Dwell" 4:27
7."The Attic" 3:18
8."Darker Times" 3:25
9."Ropes" 3:42
10."Enter Tragedy" 3:59
11."Jester's Door" 2:38
12."A New Dawn" 5:52
13."Liberation" 5:10
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Mirrorcreator
Um empreitada que estou acompanhando desde o inicio, realmente fantástica. Parabéns.
Sabe por isso que sou fã de In Flames, os caras sempre tem novas ideias, e ai vem o melhor, eles não perder a essência.
Banda única mesmo, curto pra caralho desde que conheci ela. Na minha opinião é difícil dizer um álbum preferido deles justamente por nunca se repetirem, mas eu ficaria com o Reroute to Remain, a sequência Trigger\ Transparent\Cloud Connected é inacreditável ahha.
Parabéns pelo post.
Resumindo é isso mesmo, ÇEDUSÃO. Sempre inovando mas mantendo a essência.
Idem, emanuel
Gostei do seu ponto de vista. Se assemelha com o meu. A banda evoluíu e é natural soar diferente. Como disse sobre as pessoas mais velhas, apreciam melodias e não batuque, e olha que não sou velho, mas adimiro o In Flames por inovar. Evitaram que a sonoridade se tornasse maçante.