domingo, 25 de setembro de 2011
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Pain of Salvation - Road Salt Two

8 comentários

Gênero: Prog Rock, Prog Metal
País: Suécia
Ano: 2011

Comentários: Road Salt Two ou Road Salt Two - Ebony é 8º álbum de estúdio da respeitadíssima banda sueca de metal progressivo, Pain of Salvation. O trabalho é a continuação de Road Salt One (Ivory), lançado em 2010, CD com o qual, inicialmente,  seria lançado como um álbum duplo.

Assim como o trabalho que o antecedeu, ele tem uma sonoridade bem inspirada nos anos 70 (sim, o Opeth não é a primeira banda sueca de prog metal a fazer isto). Road Salt One, apesar de bem aceito pela crítica, decepcionou os fãs pela sua falta da 'cara' do Pain of Salvation, muitos acusaram Daniel Gildenlöw, o compositor/guitarrista/cantor/manda-chuva, de estar acabando com a banda. Há de se admitir, por mais que Road Salt One tenha sido um álbum muito consistente e criativo, ficou realmente aquém no quesito 'alma' que fez com que Daniel e sua banda fossem cultuados por milhares de fãs no mundo.

Eis que em meio a esta desconfiança sai Road Salt 2, e acaba com a incredulidade de qualquer um, e recoloca Daniel Gildenlöw no posto de 'gênio da música moderna' na mente de seus fãs novamente.
Após a bela intro 'Road Salt Theme', o álbum abre com a bluesy e 70'sy Softly She Cries, música que conta com um poderoso e grudento refrão. É seguida de Conditioned, outra música altamente calcada nos anos 70, com um riff de guitarra pegajoso e empolgante, canção essa que provavelmente funcionará muito bem ao vivo.

Healing Now é a 4ª faixa do álbum, e é aí que a coisa começa a mudar de figura. Uma canção linda, com uma delicadeza, ukuleles e vocais maravilhosos de Gildenlöw. Seguida por To The Shoreline, outro soco no estômago de quem esperava um álbum emocionalmente vazio. Mais uma vez o destaque da canção é a performance absurdamente versátil e tecnicamente perfeita de Daniel nos vocais.
Eleven e 1979, continuam o alto nível do álbum, atentando para o uso de baterias eletrônicas na segunda, fato inédito na história da banda. The Deeper Cut, é um dos destaques do álbum, bela, emocionante, tensa e explosiva, ou seja, totalmente viciante.

Mortar Grind é velha conhecida dos fãs, pois apareceu no EP Linoleum, de 2009. Eis que o álbum chega na sua reta final, com Through the Distance, que muito provavelmente, seja a música mais emocionalmente carregada feita pelo Pain of Salvation desde o álbum BE em 2004. Um verdadeiro presente para os fãs de longa data. The Physics of Gridlock é a maior faixa do álbum, com quase nove minutos, de experimentalismo, progressividade e Daniel Gildenlöw cantando em francês. Outra faixa essencial. A Outro End Credits finaliza o belo álbum feito pelos suecos com chave de ouro.

O Pain of Salvation, desde seu debut, é uma banda diferente do que se vê no cenário musical. Tem um frontman corajoso e absurdamente criativo que sempre tenta levar sua música para o próximo nível, e não tem nenhum pudor em fazer o que lhe dá na telha, sem se preocupar com nada além de sua satisfação criativa pessoal. Este é o fator determinante para o sucesso do Pain of Salvation. Apesar de utilizar da linha de sonoridade do álbum anterior, Road Salt Two quebra novamente a linha sonora e mantém o currículo da banda coerente: nenhum álbum dos oito álbuns que o Pain of Salvation já lançou tem a sonoridade igual a de outro.

Ser você chegou até aqui, provavelmente já percebeu que se trata de uma review feita por um fã da banda, e está certo. Pessoalmente falando, fiquei decepcionado com Road Salt One e cheguei a achar que o Pain of Salvation nunca mais faria um trabalho genial e intenso quanto no passado. Nunca fiquei tão feliz em estar tão errado na minha vida.

Para finalizar, Road Salt Two (Ebony) é o melhor álbum do Pain of Salvation em pelo menos 7 anos, e, para mim, o melhor lançamento do ano até o momento, ultrapassando o hype e a competência de Mastodon, Dream Theater e Opeth.

Tracklist:


1. Road Salt Theme
2. Softly She Cries
3. Conditioned
4. Healing Now
5. To the Shoreline
6. Eleven
7. 1979
8. The Deeper Cut
9. Mortar Grind
10. Through The Distance
11. The Physics of Gridlock
12. End Credits

Site Oficial

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8 Responses so far.

  1. Forba says:

    Opnião de fã não-fanático: Eu curti mais o Road Salt One, acho que foi o disco que eu mais ouvi do Pain Of Salvation, depois do Scarsick e o Perfect Element Part II. É um grande disco, mas achei meio parado, curto o Pain Of Salvation mais enguitarrado, se é que me entende. 

    Mas vale a pena o download, e pelo que tenho avaliado, essa minha opnião vai contra a maré, então eu devo estar viajando na maionese :B

  2. Damien Willis says:

    Concordo, também abusei do Road Salt One e esperava uma continuação "a altura". Não vi nada neste segundo que mereça um status de '...melhor álbum do Pain of Salvation em pelo menos 7 anos...' ou '...melhor lançamento do ano...'.

    Mas é isso, vou ouvir novamente, pode ser que o ONE tenha me 'cegado', fazendo com que eu não note toda essa 'genialidade' que é o TWO.

  3. Todo mundo que conhece PoS a fundo, ficou muito desapontado com o Road Salt One. Não é ruim, mas é vazio. Muito inferior 'Painofsalvationicamente' que o resto da discografia. O Dois nao é vazio. Não é guitarrada e bate cabeça, por mais que seja legal, Pain of Salvation nunca foi isso.

  4. Pô, conheço PoS a fundo e adorei o Road Salt One, mais ainda o Two. Belíssimo álbum, com certeza entrará no meu Top 10 de 2011.

  5. Road Salt One foi muito bom, achei a mudança um tanto quanto radical, mas foi bem sucedida. Só que concordo com o Guilherme, no quesito "painonsalvationicamente" o álbum não foi dos melhores.
    Já logo na Intro do Road Salt Two eu senti aquele "quê" de PoS, em Softly She Cries eu senti a alma de PoS que, sinceramente, só senti presente em Sisters. Through The Distance, Eleven e The Physics of Gridlock são exemplos de melhores, não só do álbum, mas também de todas as músicas do PoS.

    Com zero de dúvida e medo eu concordo com o review e digo que RS2 está muito melhor que RS1, mas opinião é opinião, e a mesma muda de pessoa pra pessoa, portanto, baixem, escutem e tirem sua própria.

  6. lucas says:

    Pô, road salt one tinha seus momentos também, Sisters que o diga

  7. Harley says:

    "Ser você chegou até aqui, provavelmente já percebeu que se trata de uma review feita por um fã da banda, e está certo. Pessoalmente falando, fiquei decepcionado com Road Salt One e cheguei a achar que o Pain of Salvation nunca mais faria um trabalho genial e intenso quanto no passado. Nunca fiquei tão feliz em estar tão errado na minha vida."

    Resume bem o que eu penso sobre esse novo trabalho.

  8. Nóza says:

    eu sou fã ferrenha de pain e infelizmente o road salt two é minha maior decepção. acabei gostando mto mais do one, e senti o two como uma continuação na qual eles usaram as músicas "sobra" do one. mas isso claro, pq eu fiquei mto emocionada com o RS1 e talvez isso tenha atrapalhado mesmo a recepção do RS2. ('mortar grind' salva, mas como vc disse, já tava na hand desde 2009)

    e bom, sobre as acusações ao daniel, se vc notar, foi bem nessa fase que quase toda a banda foi trocada. foi vazando um por um e o único original ali agora é o daniel. vai saber se ele não deu mesmo uma pirada em toda essa fase de transformação...e essa troca toda não é um reflexo de tudo isso

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