Ano: 2000
País: E.U.A.
Comentário (Justificativa): PORRÃ! Estão revivendo outro post?! Não exatamente. Apenas, como muitos dos antigos
Comentário (OST):Certo, já sabemos que o filme Requiem for a Dream é foda, foi dirigido pelo Darren Aronofsky e a trilha sonora foi composta pelo Clint Mansell e Kronos Quartet. Esse que, ainda ao lado de seu companheiro cinematográfico Aronofsky, participou de The Fountain e Black Swan (este último que eu mesma postei). Pesquisando, constatei que: muito se endeusou o filme, resenhou sobre o mesmo, recebeu críticas sobre a resenha, recebeu pedras, atirou pedras e pouco se falou propriamente dita sobre a trilha sonora; algo que para mim é um verdadeiro erro; desta forma, meu intuito aqui é expor a minha percepção sobre a trilha sonora, buscando argumentos no próprio filme...
A palavra latina “Requiem” significaria repouso, morte. Traduzindo o título do filme seria algo como “Morte para um sonho”, exposto de forma subjetiva quando, no fim do filme, todas as personagens − das quais ultrapassaram o ápice (guardem essa frase) em busca de seus sonhos − aparecem deitadas sobre a cama (este ato simbolizaria “a morte de seu sonho”).
Se você apenas ouvir a trilha sonora de Requiem for a Dream, você notará duas coisas: 1- todas as músicas dão a sensação de serem incompletas/inacabadas até chegarem em Lux Aeterna; 2- ela (a trilha sonora) é confusa, porque uma música de algum modo se conecta a outra, mas elas estão todas embaralhadas e transmitem sensações diferentes (medo, extroversão, letargia, etc.). Há um constante misto de clássico com contemporâneo, seja de forma isolada ou misturada de fato. Contudo, é unânime que a música tema transmite a exata sensação que o próprio filme passa: Ultrapassagem angustiante do ápice, como se não houvesse nada após... É como se você buscasse o que você quer sem se importar com o que acontecerá depois.
As músicas são “inacabadas” porque a nossa vida é inacabada... Se você pegar qualquer ato seu sem o final, ele parecerá sem sentido, não é mesmo?! Ademais, não podemos esquecer que o filme conta a história de várias pessoas ao mesmo tempo (daí viria a "confusão"). A única música que tem sentido completo é Lux Aeterna, a qual toca no final do filme enquanto todos aparecem deitados; ou seja, ela diz que ali é o fim (a morte), todavia apenas como sensação... Pois se você lembrar, uma das cenas que precede este fim é o Harry indo até o final da ponte em busca da sua namorada e, quando ele chega lá, ele cai... Isso quer dizer que este inconseqüente ato de ultrapassar o limite tende apenas a uma coisa: cair (a sofrer). Contudo, Lux Aeterna não é o fim, pois ela não finaliza o álbum (o filme)... Quem finaliza é Coney Island Low e veja só: ela tem sentido incompleto como as outras. Esta música indica que, embora haja a sensação de fim, aquele não é o fim (se você notar, os sonhos morreram, mas as personagens continuam vivas no fim do filme)...
Quiçá, agora você possa entender por que se sentiu mal quando assistiu a este dramático filme... Porque, a meu ver, ele apenas usou as drogas como exemplo àquilo que nós vivemos diariamente: a busca pelo que sonhamos e como estamos sujeitos a errar na hora de desejar algo/conseguir o que queremos e, mais que isso, sempre haverá uma conseqüência para nossos atos da qual inevitavelmente teremos de arcar!
Obs: Não sei... acho este filme subjetivo demais e, exatamente por isso, sinto que ainda não compreendo certas coisas... a começar pela própria capa: o olho (que comumente significa "a janela da alma"), a mulher vestida de vermelho no fim de uma ponte e observando o mar (o mar aqui, ou melhor, a água simbolizaria a morte ou o ato de morrer; a ponte seria o caminho que se percorreu até a morte; a mulher vestida de vermelho, eu não sei o que significa e por aí vai). Ou talvez, ele seja isso aí mesmo e, no entanto, eu o esteja complicando. Enfim...
Tracklist:
Summer
01. Summer Overture (2:36)
02. Party (0:28)
03. Coney Island Dreaming (1:04)
04. Party (0:36)
05. Chocolate Charms (0:25)
06. Ghosts of Things to Come (1:33)
07. Dreams (0:44)
08. Tense (0.38)
09. Dr. Pill (0:42)
10. High on Life (0:11)
11. Ghosts (1:21)
12. Crimin' & Dealin' (1:44)
13. Hope Overture (2:31)
14. Tense (0:28)
15. Bialy & Lox Conga (0:45)
Fall
16. Cleaning Apartment (1:28)
17. Ghosts Falling (1:11)
18. Dreams II (1:02)
19. Arnold (2:35)
20. Marion Barfs (2:22)
21. Supermarket Sweep (2:14)
22. Dreams III (0:32)
23. Sara Goldfarb Has Left the Building (1:17)
24. Bugs Got a Devilish Grin Conga (0:57)
Winter
25. Winter Overture (0:19)
26. Southern Hospitality (1:23)
27. Fear (2:26)
28. Full Tense (1:04)
29. The Beginning of the End (4:28)
30. Ghosts of a Future Lost (1:51)
31. Meltdown (3:56)
32. Lux Æterna (3:54)
33. Coney Island Low (2:13)
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Bela Trilha. O Clint Mansell é amigo desde os tempos de faculdade do ARonofsky, fez a trilha de todos os filmes dele, desde PI
Uma das melhores que já ouvi e não tenho aqui. Valeu!
Ótima resenha Ariel ;) Apesar de Lux Aeterna ser a faixa mais marcante, todo o trabalho de Mansell impressiona, assim como o filme.
Boa resenha. Gostei bastante do filme e a trilha sonora é realmente marcante (acompanha bem o filme). Sobre a capa: o olho mostra a dilatação da pupila(quando alucinado), a mulher de vermelho (maldito vestido) está em frente a "Imenso Oceano" e tem múltiplos significados, mas quando unidas as imagens propões-se a busca sem limites para os sonhos (beirando a Utopia).
Valeu o Post, ha tempos buscava essa trilha.
DZ- Brasil
Pra ser sincero, eu nunca vi o filme. Vou parar pra assistir qualquer dia desses, mas enquanto isso não acontece, vou aproveitando a trilha sonora.
Obrigado, Ariel. <3