País: EUA
Atividade: 1973 - 1981
Comentário: É fantástico como certas bandas conseguem transpor com certa naturalidade toda uma complexidade e composições intricadas que ao final, no limiar de um álbum, podemos chamar de pequenas genialidades. Yezda Urfa fez exatamente isso e, embora só tenha lançado dois discos, são duas grandes surpresas que podemos chamar de 'raridades'. Criada em 1973, não passou de 1981, mas deixou para traz Boris (1975) e Sacred Baboon (1976), duas belas obras, daquelas que poucas bandas conseguiriam executar, devido criatividade e complexidade dos mesmos.
Mesmo com tanta criatividade, Yezda Urfa tem toda uma musicalidade que já era vista em outras bandas, não no sentido de cópia, mas como mais uma banda de rock progressivo. O diferencial está talvez numa maior experimentação e por vezes uma atmosfera sinfônica, que eram reforçados e ao mesmo tempo diferenciados pela utilização de instrumentos como violoncelo, marimba, vibrafones, mandolin e instrumentos de sopro. A descrição mais simples que achei (e que deve ser interpretada como algo livre) a compara com as bandas Yes e Gentle Giant, na realidade como uma mistura de ambas, do qual não discordo. Porém a banda tem lá suas peculiaridades, o que a faz especial.
Boris foi o primeiro disco, e, na minha opinião, o maior e melhor representante do Yezda Urfa, além de uma grande referência para o gênero. Totalmente intricado, fantasioso, e sempre a exalar um astral positivo. O disco também tem seus momentos de pressa, como se os músicos estivessem competindo para saber quem é o mais rápido e, enquanto fazem isso, esbanjam qualidade técnica. Apesar do lado virtuose, belas melodias não faltarão.
Neste disco a banda explora mais eles mesmos e seus instrumentos, como se estivessem dando tudo de si. Já em Sacred Baboon as coisas mudam consideravelmente. Parecem mais sérios, compenetrados, a fim de fazer um disco que possa ser vendido... Algumas músicas do disco anterior foram relidas e perderam bastante daquela descontração, embora tenham continuado interessantes.
Basicamente o que consigo observar aqui é que o primeiro soa descontraído, espontâneo e até dando a cada faixa um aspecto mais singular, enquanto o segundo tenta acalmar os ânimos e transformar tudo num grande roteiro, num verdadeiro álbum, o que resulta num disco mais coeso, talvez. Mas depois de ouvirmos Boris fica impossível não transformar a audição numa grande comparação.
Também foi lançado um live, mas este só veio em 2004 após uma reunião. Fora isso, todos os discos continuam sendo distribuídos,... basta você comprá-los!
Enfim, é uma banda muito, mas muito interessante e que funciona muito bem, seja o vocal, a bateria, teclado,... até chegarmos ao conjunto todo. Finalizando, só faltou mesmo eu dizer que este nome estranho vem da união das cidades: Yazd, no Irã e Urfa, Turquia, onde o primeiro nome foi alterado para Yezda, facilitando a pronúncia.
Site//LastFM
Boris (1975)
- Boris and his 3 verses, including flow guides aren't my bag (11:00)
- Texas Armadillo (1:48)
- 3, almost 4, 6 yea (8:46)
- Tuta in the Moya & Tyreczimmage (10:50)
- Three tons of fresh thyroid glands (10:20)
- The Basis of Dubenglazy (while Dirk does the dance) bonus track (9:51)
Sacred Baboon (1976) 1989
- Give 'em Some Rawhide Chewies (3:50)
- Cancer of the Band (6:48)
- Tota in the Moya (10:14)
- Boris and his Three Verses (2:50)
- Flow Guides Aren't My Bag (4:45)
- (My Doc Told Me I Had) Doggie Head (5:02)
- 3, Almost 4, 6 Yea (8:39)
Yezda Urfa Live - NEARfest (2004)
- Intro by Chad (0:48)
- Give 'Em Some Rawhide Chewies (4:04)
- Boris and His Three Verses inlcuding FLow Guides Aren't My Bag (8:20)
- 3, almost 4, 6 yea (11:28)
- To-ta in the Moya (11:20)
- Ron's Band Intros (0:55)
- L.A. (4:10)
- The Basis of Dubenglazy (while Dirk does the dance) bonus track (11:04)
