Gênero: Rock Progressivo, Space Rock
País: Portugal
Ano: 1978
Comentário: Olá você que gosta de rock progressivo das antigas com muito sintetizador, temática espacial e cara de tiozão. Eis aqui um álbum maravilhoso, uma pérola do rock progressivo. Descobri esse cara acho que pelas minhas andanças pela LastFm e resolvi que deveria baixar e ouvir. Os motivos que me incentivaram foram: 1. é rock progressivo, 2. possui temática espacial, 3. as letras são em português, e português de Portugal (meio óbvio se você notou o país de origem).
Ao pesquisar sobre esse cara, notei que, infelizmente, esse foi o seu único trabalho neste estilo e tema. Todos os outros trabalho de José Cid, até onde sei, estão muito distantes do prog, aventurando-se muito mais no fado, músicas populares e folclóricas portuguesas e uma ou outra coisa com influência de jazz e doses de psicodelismo (principalmente no início da carreira). Ter sido uma criação bastante diferenciada dos outros trabalhos, no entanto, não diminui o brilho do álbum, (Ah, quem dera que o cara voltasse a fazer sons nesse estilo!) que parece ter sido pensado em todos os seus mínimos detalhes de forma a ser uma verdadeira viagem. E essa viagem é um atrativo para amantes de ficção científica! Usarei aqui a citação da própria Wikipédia sobre esse disco:
"Com base em ficção cientifica, o conceito é que, 10.000 anos depois da auto destruição da humanidade, um homem e uma mulher viajam de regresso para a Terra para a repovoar novamente. O tom das músicas é de contemplação sobre os erros do passado da humanidade e de esperanças futuras. A maioria das canções é influenciada por bandas como Moody Blues ou Pink Floyd."
Eu imagino o quanto isso deveria ser entusiasmante para jovens da época amante de boas músicas e boas histórias (para me certificar disso, procurei meu pai para dar seu parecer e ele curtiu muito, apesar de não ter conhecido antes). Eu acredito que nessa época as histórias de ficção científica tinham um caráter todo especial, pois os avanços tecnológicos no sentido da exploração espacial ainda não eram tão vastos quanto são agora, e isso despertava, creio eu, uma vontade de explorar todos esses mistérios novos que naquele momento pareciam bem mais possíveis, pois o homem havia pousado na Lua já em 1969 (não discutirei aqui as teorias conspiratórias =P). Apesar disso, o disco não obteve tanto sucesso na época, em Portugal.
E sobre a musicalidade? Bem, como já foi dito antes na citação, há muita influência de grupos de prog como Pink Floyd e The Moody Blues. Há predominância do uso de sintetizadores e também do Mellotron (um aparelhinho, para quem ainda não sabe, que é uma espécie de teclado que utiliza sons pré-gravados, muito usado por bandas dessa época), mas há também passagens com solos de guitarra muito bem executados. Existem excelentes faixas instrumentais, como Fuga Para o Espaço e Memos. O primor da obra é tanto que é citada na revista Billboard entre os 100 melhores álbuns de rock progressivo. É uma verdadeira pérola lusitana para os amantes do bom e velho prog rock.
Ps.: No arquivo que está aqui disponível, há ainda um pequeno brinde. Não lembro exatamente onde consegui baixar este álbum, mas ele veio com uma música adicional, Vida (Sons do Quotidiano), que faz parte de um EP lançado em 1977 (e, portanto, um ano antes desse álbum) que tem o mesmo título e que só possui essa música, porém divida em duas partes e o melhor é que também é rock progressivo, porém, a temática não é mais o espaço e sim, a vida (oh, é mesmo?) Enfim, enjoy! =)
Site//LastFm
Tracklist:
01. O Último Dia na Terra - 4:21
02. O Caos - 6:00
03. Fuga Para o Espaço - 8:10
04. Mellotron, o Planeta Fantástico - 6:43
05. 10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte - 6:05
06. A Partir do Zero - 4:43
07. Memos - 2:07
Extra: Vida (Sons do Quotidiano) - 12:37
Links:
MegaShares//BayFiles
segunda-feira, 30 de abril de 2012
José Cid - 10.000 anos depois entre Vénus e Marte
Categories :
/Áquila Teófilo . #Produto Português . Progressive Rock . Psychedelic Rock . Space Rock
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Vou dar uma conferida, parece ser coisa fina.