Gênero: Noise / Grindcore
País: Estados Unidos
Ano: 2012
Comentário: Trago através desse post, uma das bandas mais controversas em relação a seu estilo musical. Intestinal Disgorge foi formada em 1996, no Texas, e hoje conta com apenas 2 membros, Ryan e Jacob. É um grupo consolidado no meio, tendo lançado 8 full-lenghts, mais de 12 splits além de várias demos, EPs e singles, tendo um sólido cartel de gravações,com uma carreira firme e respeitada.
Esse disco é o último full-lenght da banda, e é uma barulheira infernal, sobra gritaria, um apito estridente, vocal incompreensível ultra grave e gutural, com uma batera que cadencia em 1% do álbum, no resto é programada a velocidade da luz, com bumbos ininterruptos, músicas(?) curtíssimas, guitarras, as vezes com riffs até que audíveis, mas na maioria das vezes uma distorção barulhenta. O que frizo aqui é o experimentalismo, sem sonzinhos de teclado, sem nada que faça sentido, é a crueldade e a insanidade que domina, sem parar, é o desespero que toma conta do ouvinte, por bem ou por mal.
Bem, falar das músicas, se é que se pode chamar isso de música, é algo muito ingrato, e cada um que ouvir, tera sua própria opinião sobre o que se passa pela cabeça desses 2 indivíduos. São 17 faixas, que são monstruosamente tocadas em mais ou menos 33 minutos. "Only I know", é uma canção tocada, com riffs audíveis na maioria da faixa. Nessa mesma onda "Infects Where Faces Once Were", tem um riff legal, e apesar da barulheira, é tocada. "The Sound of Authentic Terror" é o supra sumo da loucura, extremamente rápida e violenta no começo, com uma queda da velocidade, com uma palhetada nas guitarras que deixariam Eric Clapton com lágrimas nos olhos. O resto é puro noise, um barulho estridente que chega a perfurar os tímpanos, e muita voz sintetizada.
Um álbum que acima de música, é arte, e a arte é controversa. Muita gente vê beleza no que é feio, e vê valor no desvalorizado. Esse cd é criticado por muitos por não se tratar de música, mas também tem seus fãs, que são fiéis por causa disso, pois nunca sabem o que esperar da mente perversa dessa dupla. Eu pessoalmente não curto muito noise/grindcore, mas já acompanho e respeito o trabaho dessa banda há algum tempo, e achei interessante postar o novo álbum, mas como o gosto é subjetivo, se você é uma menininha sensível, ou vê a musica como uma coisa quadrada, com guitarrinhas, bateria, baixo e vocal, passe longe, mas se você procura algo novo, e não tem os ouvidos sensíveis, talvez possa te agradar, o que eu duvido muito. Download para público restrito e curioso, garanto a qualidade.
Tracklist:
1.After the Struggling Stops - 01:03
2.Their Eyes Were Wide Open - 01:13
3.Months of Quiet Decomposition - 01:18
4.The Sound of Authentic Terror - 01:25
5.Limbs Rigid in Death - 00:41
6.Innards Like Syrup - 00:45
7.Insects Where Faces Once Were - 01:14
8.Only I Know - 02:27
9.Wounds and Warm Blood - 01:07
10.Aura Phase - 01:38
11.Paralyzing Odors - 01:14
12.Liminal Spaces Between Reality and Fantasy - 00:59
13.Watch As She Dissolves - 01:13
14.Abject Horror - 03:20
15.A Soup of Larvae - 05:24
16.Unseen Things - 04:42
17.Our Time Together Is Over - 03:33
Download:
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Omni – Souvenir (2024)
Há uma hora
Acrescento ainda que essa banda tem uma das propostas mais óbvias possíveis mas faz isso de uma forma assustadoramente competente. Sinceramente, nesse estilo, eu prefiro outras tentativas tipo o Dissimulate do The Berzerker, ou alguma coisa do The Locust, ou ainda o Agathocles. Mas o Intestinal Disgorge consegue ser mais extremo no sentindo de produzir algo brutal, esses gritos agudos e os berros ensandecidos são incrivelmente agressivos, e nesse ponto, eles são o top dos tops no assunto: "fazer jus aos objetivos do Grindcore".