Gênero: Black Metal + Eletronic + Pop = Satanic Pop Metal
País: Ucrânia
Ano: 2012
Comentário: Nesses últimos tempos o Black Metal tem mostrado uma versatilidade e capacidade de se reiventar surpreendente, que não se observa em outras vertentes do Metal. Então, eu tenho tentado acompanhar, na medida do possível, essas evoluções do Black Metal, e as suas respectivas “crias”, que tem quebrado paradigmas e inovado cada vez mais o cenário da musica extrema, muitas vezes trazendo e incorporando elementos outrora mal vistos pelos fãs do Metal, e que até hoje pode causar certa repulsa para os fãs mais ortodoxos, os afamados tr00s. Mas enquanto estes insistem em se fechar para as coisas novas, eu me deleito com as mais variadas facetas desse novíssimo metal negro, que graças à internet, está cada fez mais acessível.
E pra que essa falação toda? É porque esse post será dedicado a uma banda que eu acho que sintetiza um pouco do que disse ai em cima, se trata de Semargl, banda proveniente da Ucrânia, que foi formada em 1997. Eu sei que ela não vai agradar muito os mais tr00s, ainda mais que no seu último lançamento a banda teve a audácia de intitular o seu álbum como “Satanic Pop Metal”, que acho que também pode ser usado para descrever o som dos caras nesse trabalho, que trás um Black Metal, que não tem quase nada de Black Metal, exceto pelo visual e postura dos integrantes, e a temática das canções, porque a sonoridade ganhou uma nova roupagem, que a deixou, assim como o nome sugere, um tanto pop.
Apesar de ter iniciado suas atividades em 1997, eu só fui conhecer a banda esse ano, e o que escutei foi justamente esse último CD lançando, que já de imediato despertou minha curiosidade pelo seu sugestivo, não convencional e, para alguns, até blasfemo nome do álbum (confesso que a capa também foi um atrativo). Eu não tive ainda a oportunidade de ouvir os antigos trabalhos dos caras, mas pelo que li na internet, a banda começou com uma proposta padrão de Black Metal, um som rápido, agressivo, membros usando corpse paint, temáticas satanistas anticristãs, guerra, ódio, violências, etc., coisas normais para o gênero. Mas com o passar dos anos, a banda foi mudando sua sonoridade, experimentando, mas deixando intactos o visual e as temática líricas, o que culminou nesse lançamento de 2012, que é o quinto álbum do grupo, e o que mais se distância do Black Metal tradicional.
Bom, depois de tanta falação, vamos à sonoridade, que é bem peculiar, mas não é coisa nova. Nesse álbum temos os sintetizadores dominando as canções, estilo industrial, com batidas fortes, marcantes e extremamente dançantes, de forma que daria pra animar qualquer balada gótica, e fazer todos balançar o esqueleto, mas preservando aquela atmosfera agressiva e obscura do Black Metal. Já os instrumentos servem como pano de fundo, não ganhando muito destaque, mas ajudam a preencher bem o som, e permitem a banda ainda ser classificada como Metal, apesar do grande apelo eletrônico. O vocal predominante é gutural, grave e agressivo, mas em determinadas ocasiões temos um vocal feminino limpo e bastante melódico, que cria um contraste bem interessante e deixa o som com um tempero bem pop. Outra coisa é que a banda também incorporou um pouco de erotismo as suas canções, assim como nas suas apresentações e divulgação, vide a capa do álbum, e isso é uma boa maneira de cativar um publico masculino maior.
Portanto, o que temos aqui não é algo muito original, já que a sonoridade se assemelha com alguns estilos eletrônicos mais extremos como: Aggrotech, EBM, Industrial, Dark Electro, etc. Mas de qualquer forma, esse álbum me agradou bastante, e acho que vale a pena experimentar.
Haters gonna hate!
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Tracklist:
1.I Hunger - (3:24)
2.Sweet Suicide - (3:24)
3.Drag Me to Hell - (3:31)
4.God Is Not Love - (3:29)
5.Tak, Kurwa - (3:53)
6.Suck My Dick - (2:47)
7.Labyrinth - (3:22)
8.Join in Fire - (2:43)
9.I Hate You - (3:26)
10.Opium - (4:01)
11.Anti I Am - (3:13)
12.Loneliness - (4:03)
13.Redire - (2:47)
Download:
(81mb,256kbps)
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Essa banda consegue ser uma paródia da caricatura que é o "Black Metal Melódico". Pelo menos esses não levam nem a si próprios a sério, pior é coisas tipo Keep Of Kalessin fazendo careta de malvado e tudo :B
Pois é Forba, acho que esses caras chutaram o pau da barraca e resolveram fazer algo diferente, e até meio cômico, sem se importar muito com os velhos paradigmas e com o público underground. Só não entendo muito bem os motivos para criarem esse tipo de música, já que o resultado desse álbum com certeza não vai agradar aos fãs de Black Metal, nem mesmo os mais tolerantes, e por mais que tenha um apelo pop, não ficou “digerível” o suficiente para o público em geral. É como se fosse ficar perdido em um limbo entre duas dimensões distintas. Ou talvez, foi só pra criar polêmica mesmo. Mas como eu disse na resenha, eu realmente gostei do disco, mas eu não sou a melhor referencia quando a questão é musica, já que não tenho nenhum pudor musical. Rsrs.
Eu acho que a banda é uma piada, só não sei até onde eles querem ir com isso, visto que no inicio a banda era mais "séria", digamos. Essa vibe deles me lembra muito o Agathodaimon, então não são originais como você disse na resenha, talvez só usam esses rótulos dantescos pra fazer uma polemica. Eu sinceramente não gosto da música deles, então pra mim não salva nada :B Mas é interessante no meu ponto de vista como sintoma do que o Black Metal é hoje em dia, um estilo totalmente sem fronteiras e absolutamente sem aquele famoso e paradoxal estigma de "underground".
Po forba, calma lá, Dissection entra na onda de Black Metal Melódico e é fodida.
Quanto a banda eu achei que no fim das contas é um industrial com influencia de metal extremo que eu vejo acontecendo desde os anos 90, achei que ia ser mais "chocante". No "Melodic Death" mesmo tem umas bandas que abusam bem mais dessa idéia de misturar musica pop com metal.
Sei lá galere, sem querer ser o Tr00, o extremista talz, mas na MINHA concepção, isso ai ta longe de ser Black Metal, posso estar enganado...
Ô Nagano, mas é mesmo, apesar da banda ter sido no inicio de Black Metal, como eu disse na resenha, nesse lançamento sobrou pouco do estilo, que como o Koticho falou, tá mais pra Industrial. Só que a influência do Black Metal ficou bem explicita e latente, pelo menos eu achei assim.
Kot tem plena razão. Vamos definir então que o Black Metal melódico que eu citei é coisas tipo Cradle Of Filth, Keep Of Kalessin, Dimmu Borgir (tirando o Enthrone Darkness Thriumphant, que eu adoro) e afins. Dissection é realmente outro nível.
Ah, eu até curti esse som [ são as mina se pegando, acho que ajuda ): ] Mas não achei nada "chocate tbm não. Só não curti a pose de tr00 deles tocando uns riffzinhos com um som de synth ao fundo, mas até aí.
eu queria essas freiras de satã fazendo um b*** no *** crucifixo
\m/\m/\m/
666
Estou pouco me fu***** pro gênero. Achei a musica muito legal =D