Este ano, mais uma vez, me desloquei de Curitiba até nossa querida SP para marcar presença no show da banda da minha vida (e dane-se você que não curte), o Pain of Salvation. Em um intervalo de pouco mais de 1 ano e 3 meses, meus queridos suecos resolveram retornar ao Brasil. O que é muito satisfatório, visto que eles não vinham pra cá desde 2005, ano este, inclusive, em que eu me ferrei bonito. Foi quando o show em Curitiba foi cancelado minutos antes de começar. Eu, que era toda jovenzinha atacada, me frustrei num nível sem precendentes. Até cheguei a organizar um motim para ir na frente do hotel dos caras e reclamar desse disparate! Acreditem, cheguei mesmo a fazer isso. Sabe deus o que a banda pensou daqueles adolescentes nada a ver esperando eles com cara feia no saguão do hotel... Mas pelo menos conseguimos trocar uma meia dúzia de idéias com os caras, já que o show eles ficaram devendo. A verdade é que rolou uma treta com os produtores, pois eles não providenciaram a infraestrutura mínima exigida pela banda. O promotor responsável prometeu colocar tudo em ordem até o momento do show, o que, obviamente, não aconteceu. Putos da vida, o PoS e sua trupe desarmou o circo e mandou beijos. E nem se emocionaram com o meu motim :{
Mas deus existe, deus é bom, deus é mais. Eis que em 2011 eles voltam com tudo. Fui nos shows do Rio e SP. A data dos shows coincidiu com o aniversário do Daniel Gildenlöw, e na noite de autógrafos consegui umas fotinhos e uns mimimi. Até tive tempo de entregar um belo de um presente pra dar ~força~ pra ele. Um tomate loco. Sei lá. Um negócio desse é mágico. Tem que servir pra alguma coisa, haha.
Tomate Loco da força |
Bom, é claro que nos dois shows eles mandaram lindamente bem, aquela coisa toda (certeza que o meu tomate loco contribuiu para que tudo desse certo ok). Mas nessa fase a formação da banda era outra. Daniel Gildenlöw esteve sempre aí, muito bem obrigado, e do começo ao fim (e que seja eterno). Mas o guitarrista ainda era seu companheiro velho de guerra, o Johan Hallgren, na banda desde 1998. Fredrik Hermansson estava nos teclados desde 1996; a batera, antes comandada por Johan Langell, agora contava com Léo Margarit e o baixo, estava com o substituto Daniel Karlsson, no lugar de Simon Andersson e Kristoffer Gildenlöw, os baixistas que passaram mais tempo na banda, desde seus primórdios.
Já este ano, a configuração era bem outra. Quase só sobrou Daniel G, o cabeça, a voz, a mente por trás (e pela frente) de tudo. O dono do meu coração e do meu tomate loco ;p
A trupe nova deste ano continuava a mesma apenas com ele e com Léo Margarit, firme ali na batera. Daniel Karlsson também estava com eles, mas foi para os teclados. No baixo tinham Gustaf Hielm, que retornou ao PoS, depois de ter sido o baixista deles de 1992 a 1994, e na guitarra, o mais novo xodó da comunidade feminina, o deus grego (só que finlandês), Ragnar Zolberg.
que tal |
Ele está dando conta bem sussa do trabalho do Hallgren. Além disso, canta belos agudos junto com o Daniel. Pode ficar na banda pra sempre, tá bem querido?
O show começou com Daniel sozinho no palco cantando Road Salt, todo performático e amoroso. E de pés descalços. Ah! E careca. Ele, que ano passado usava chuquinhas estranhas amarradas em qualquer lugar da cabeça, abandonou um pouco (ou se pá aderiu de vez) a anarquia capilar. Os cantos estavam raspados mais curtos que o restante da cabeça. Vai entender. (Meninas, agora temos o Ragnar, relaxem)
Seguiram com Road Salt Theme e Softly She Cries, do Road Salt Two. Passaram pelo Road Salt One, com Linoleum e já engataram um Be, com Diffidentia. Álbum que depois eles resgatariam com Iter Impius e Daniel cantando no balcão do camarote, como fez ano passado (pois os dois shows foram no Carioca Club).
Daniel, camarote, Iter Impius |
Voltaram mais um pouco para o quentinho Road Salt Two, com 1979 e To The Shoreline. Aí, como no ano passado, fizeram seus passeios pelo The Perfect Element, Part I, tocando a seqüência Used, In the Flesh, Ashes e Morning on Earth, pulando direto pra Reconciliation. E me parece que é sempre no TPE que a galera sempre vai mais à loucura. O Entropia só apareceu em Stress. Foi aí que o palco foi todo Ragnar, porque os vocais de Undertow, do Remedy Lane (meu preferido), foram dele. E como já haviam anunciado, terminaram tocando Beyond the Pale.
No retorno para o bis, rolou uma troca de postos. Daniel foi para a batera, Karlsson para o baixo, Hielm para a guitarra e Ragnar nos vocais novamente (Margarit ficou chupando o dedo ;p). Nessa formação, tocaram um cover do KISS, Black Diamond. Para terminar o show, e a alegria dos interestaduais em viagem, rolou No Way e Sisters, geralmente as mais pedidas do Road Salt One.
Este ano o público não fez coro para pedir Disco Queen, do Scarsick. O que por um lado é bom, já que eles tocaram no ano passado (e ela não lá uma preferidas dos mais ~old school~), mas por outro não teve nenhuma música que representasse esse álbum no show.
E minha única reclamação é que em alguns momentos o som não estava lá aquela coisa. Achei que o teclado estava difícil de ouvir, e a voz do Ragnar em alguns momentos. Não sei se fui prejudicada pelo lugar em que eu estava, que era bem bom por sinal, mas né.
Taí o resumo das minhas sagas painofsalvationianas, com dedicação aos detalhes de 2012. Não sabemos dos anos que virão, mas se alguém dos ~esquema~ quiser, pode já ir abrindo uma empresa de turismo progger, para proggers atacados, que vou ser cliente vip.
No mais, nunca esqueçam de que WE WILL ALWAYS BE SO MUCH MORE HUMAN THAN WE WISH TO BE* ;)
"The bravest band alive" |
* frase de Beyond the Pale, sussurrada por Daniel e cantanda em coro, para finalizar a primeira parte do show, e que foi um momento lindo :_{
*fotos todas da Nóza, vídeos não
Caraca, nunca sei quando tem show, usava um site bom pra me manter atualizado mas ele parou de funcionar. Alguém tem uma dica boa de site que cubra a agenda de shows no Brasil?
O Gildenlöw parece assustado com tamanha responsabilidade a ele outorgada, qual seja a da guarda do tomate loco.
Raid na propria pagina do Pignes você encontra uma nota com um calendário de shows
Desculpa a cegueira Koticho, mas procurei e procurei e não achei essa nota hehehe. Onde fica mais ou menos?
ter um tomate loco não é fácil, PH!
Primeiro show do PoS que eu vou. O do ano passado eu tive que cancelar por causa do famigerado show do Anathema que por fim não ocorreu e eu fiquei chupando o dedo sem nenhum show =/
Gostei muito! Estava a um bom tempo sem ouvir os álbuns mais antigos deles. Só tava ouvindo do Be pra cá. Saí do show estasiado e praticamente só tenho ouvindo PoS essa semana. Lembrei o quanto eu gosto da banda e das letras muito bem elaboradas e tal. Que venham mais e mais shows \o/
Destaque para o The Reign of Kindo que iniciou a noite aqui no Rio. Os álbums já são ótimos mas ao vivo eles conseguem fazer algo bem melhor!
siiim, letras muito bem elaboradas!
Eu estava lá. Na Beira do Palco. Inclusive fui eu quem gritei 1979 e spoilei a surpresa do Daniel. hahahaha
Eu fui ao show no Rio e sai de lá em êxtase. Foi um show maravilhoso. E como dito no post, o cabelo do Ragnar - que ele quase estregou na minha cara balançando aquela loirice maravilhosa - compensou a ausência dos cabelos do Daniel.
Show pra sair já na espera do próximo. Que em 2013 eles retornem, e em 2014, 2015, 2016...