Gênero: Neofolk / Dark Folk / Acoustic
País: Alemanha
Ano: 2002
Comentário: O álbum apresentado nesta resenha, Weiland, é, até agora, o último álbum inédito lançado pela banda alemã Empyrium. Sendo um álbum voltado majoritariamente ao estilo Neofolk, se posiciona distante da antiga proposta da banda, que começou tocando Metal. Até que isto não espanta, tendo em vista que outras bandas que se iniciaram no Metal passearam pelos terrenos do Neofolk mais tarde - destaque para Ulver. Mas o que torna Empyrium especial é que a banda alemã acertou em cheio nessa transição.
Os dois primeiros discos do Empyrium (A Wintersunset e Songs of Moors & Misty Fields) foram muito criticados em razão do uso dos teclados nas canções. Não que o uso do instrumento em si tenha ficado ruim, mas seu volume muito alto e proeminente ofuscou os demais instrumentos naqueles álbuns. São bons álbuns, voltados ao Doom/Folk, mas não é o que o Empyrium fez de melhor. A aposta no Neofolk se iniciou em 1999, com o disco Where at Night the Wood Grouse Plays. Em Weiland, a banda liderada por Markus Stock amadureceu e enriqueceu seu estilo.
Flautas, violinos, pianos, cantos quase operísticos e sussurros são elementos que caracterizam a obra. Lentos trechos de um instrumental que desabrocha de maneiras peculiares - sempre acústico, dedilhados e arranjos que se encaixam um ao outro, fazendo os 50 minutos de Weiland serem ecléticos e magistralmente completos, o que se confirma pela estrutura do disco. Weiland é dividido em três capítulos, que distinguem-se entre si tanto em estrutra quanto em musicalidade (e provavelmente também na temática). Sem desmerecer os demais, destaco o segundo capítulo, compreendido apenas pela canção "Waldpoesie", que com seus quase 14 minutos de duração, transmite várias sensações ao ouvinte, principalmente apreensão. Outro detalhe interessante é o idioma alemão, que foi uma novidade no trabalho do Empyrium. Em todos os álbuns anteriores, as canções eram cantadas em inglês.
Recomendo este disco com muito gosto. É uma música profunda, bem executada, mas orgânica. É maravilhoso ouvir os momentos de silêncio, os dedos arrastando pelas cordas, o dueto dos cantores, a percussão não tão frequente quanto marcante. Deve ser ainda melhor ver uma apresentação ao vivo da banda (uma curiosidade: segundo o site oficial, seu primeiro show se deu apenas em 2011). Aparentemente, a banda está ativa, apesar de tantos anos sem um disco inédito. Espero postar aqui um disco novo um dia, quem sabe tão bom quando Weiland.
Tracklist:
Kapitel I: Heidestimmung
01. Kein Hirtenfeuer Glimmt Mehr
02. Heimwärts
03. Nebel
04. Fortgang
05. A Cappella
06. Nachhall
Kapitel II: Waldpoesie
07. Waldpoesie
Kapitel III: Wassergeister
08. Die Schwäne Im Schilf
09. Am Wasserfall
10. Fossegrim
11. Der Nix
12. Das Blau-Kristallne Kämmerlein
Download:
(66mb, 192kbps)
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SouRebel - Ato 3: A Cidade (2024)...
Há 4 horas
Bonitas composições e arranjos. Legal a temática deles e a forma com que a encaram. Quando ouço o som desse álbum, me vem a cabeça uma floresta densa, fria e com névoa. Isso de certa forma me deixa contente e animado de seguir em frente.
Obrigado pela referência e vida longa ao Pignes!