Gênero: Atmospheric Sludge Metal/Post-Rock/Electronic
País: Suecia
Ano: 2013
Comentário: Foram 5 anos desde que o Cult of Luna lançou Eternal Kingdom, seu ultimo álbum até então. Fora também o maior hiato que a banda manteve entre um disco e outro desde seu debut auto-intitulado, onde mantiveram uma frequência de até então, 2 anos na gravação de cada trabalho. Os suecos lançaram 5 discos na década passada e se firmaram como um dos nomes mais proeminentes em uma das reinvenções mais interessante que o heavy metal ganhou nos anos 2000, a tal da nova safra do metal progressivo, ou post-metal, ou atmospheric sludge metal, chame como quiser.
O que temos aqui é mais um trabalho de alta qualidade como seus cinco antecessores, tendo sua maior inspiração nascida do filme Metropolis de 1927, dirigido pelo austríaco Fritz Lang, onde o conceito não aparece vagamente, mas está ali influenciando não só a parte lírica como também sua sonoridade e até sua parte gráfica. Vertikal não é uma obra de fácil absorção, é o tipo de disco que precisa de diversas audições para que sua digestão seja feita por completa (convenhamos, é algo que a maior parte dos bons álbuns progressivos pedem). Suas influências atiram para várias direções, do post-rock ao krautrock, industrial e dubstep (calma, mais pra frente eu explico), e não fique com medo, não há nada desconexo por aqui, muito pelo contrário, o que temos é um trabalho bem coeso. Sem dúvidas a maior inovação em relação aos seus antecessores fora a grande incorporação de elementos eletrônicos permeando todo o disco, e se a parte atmosférica anteriormente sempre fora de grande preocupação, em Vertikal a tradição se mantém, mas apresentada de forma diferente, as passagens acústicas, as guitarras limpas abrem espaço para um uso extremamente constante de programações eletrônicas.
O disco é longo, como eu disse, precisa de calma para ser degustado, desde sua introdução com a faixa The One que puxa muito para o industrial e também para o clima de Metropolis com estruturas lineares, remetendo justamente ás maquinas do filme de Lang. Á seguir I: The Weapon abre de fato o disco com uma potência absurda, logo em seu primeiro segundo o urro de Klas Rydberg surge monstruosamente com guitarras pesadas que trabalham ao longo da faixa sempre junto de toques eletrônicos e momentos contrastantes de melancolia, porém, isso só guarda a surpresa que vem a seguir, Vicarious Redemption, o grande destaque do disco. Um épico de 20 minutos, mais de 5 minutos apenas de introdução numa crescente digna das melhores bandas de post-rock acompanhada por batidas repetitivas (lembra o que eu falei sobre as maquinas de Metropolis?) para então por fim chegar uma progressão de acordes, uma nova crescente em clima soturno e por fim a porrada sonora, o sludge vem visceral e se mantém até que OPA, WOB WOB WOB, pois é, por cerca de 30 segundos o Skrillex ataca e uma dose de wobble bass, é descarregado, confesso que comecei a rir na primeira vez que aquilo surgiu, o negócio pula na sua cara do nada, mas quer saber? até que ficou legal, e a pancada continua, o peso só aumenta até chegar no estado de caos, Vicarious Redemption é forte, e grande concorrente a música do ano na opinião de quem vos fala. (Eu sei que ainda é muito cedo pra isso, mas o negocio é do caralho).
O disco é longo, como eu disse, precisa de calma para ser degustado, desde sua introdução com a faixa The One que puxa muito para o industrial e também para o clima de Metropolis com estruturas lineares, remetendo justamente ás maquinas do filme de Lang. Á seguir I: The Weapon abre de fato o disco com uma potência absurda, logo em seu primeiro segundo o urro de Klas Rydberg surge monstruosamente com guitarras pesadas que trabalham ao longo da faixa sempre junto de toques eletrônicos e momentos contrastantes de melancolia, porém, isso só guarda a surpresa que vem a seguir, Vicarious Redemption, o grande destaque do disco. Um épico de 20 minutos, mais de 5 minutos apenas de introdução numa crescente digna das melhores bandas de post-rock acompanhada por batidas repetitivas (lembra o que eu falei sobre as maquinas de Metropolis?) para então por fim chegar uma progressão de acordes, uma nova crescente em clima soturno e por fim a porrada sonora, o sludge vem visceral e se mantém até que OPA, WOB WOB WOB, pois é, por cerca de 30 segundos o Skrillex ataca e uma dose de wobble bass, é descarregado, confesso que comecei a rir na primeira vez que aquilo surgiu, o negócio pula na sua cara do nada, mas quer saber? até que ficou legal, e a pancada continua, o peso só aumenta até chegar no estado de caos, Vicarious Redemption é forte, e grande concorrente a música do ano na opinião de quem vos fala. (Eu sei que ainda é muito cedo pra isso, mas o negocio é do caralho).
O resto do disco mantém o mesmo padrão de qualidade, após Vicarious temos The Sweep, um quase que interlúdio eletrônico, meio sci-fi, projetado por urros macabros de "Hail falls; Burn like fire; Hate turns; The swell. The end." Sinchronicity sendo a que mais se aproxima do metal industrial com sua repetição de riffs e suas inúmeras camadas eletrônicas. E o disco segue nessa interação eletro-metal, onde é interessante notar como muitas vezes as batidas eletrônicas servem pra dar um boost nos graves deixando o disco ainda mais pesado, mas também serve para exprimir a parte atmosférica do disco, criando aquele climinha que todos adoram do contraste entre o agressivo e o melancólico. Por fim o disco é encerrado por Passing Through, onde Klas demonstra mais uma vez que muito além de rasgados e guturais viscerais, possui belos vocais limpos, que funcionam muito bem em faixas calmas e melancólicas (And With Her Came The Birds do Somewhere Along The Highway é uma das coisas mais lindas da vida).
Vertikal é um grande álbum, daqueles que crescem a cada ouvida e que mesmo tendo sido lançado nos primeiros dias de Janeiro, deve ser lembrado no final do ano por todas aquelas listas de melhores que todo mundo adora publicar.
Tracklist
1.The One 2:16
2.I: The Weapon 9:24
3.Vicarious Redemption 19:51
4.The Sweep 3:09
5.Synchronicity 7:13
6.Mute Departure 9:08
7.Disharmonia 0:45
8.In Awe Of 9:56
9.Passing Through 6:03
Download
Realmente, a cada ouvida o disco cresce. É simplesmente uma obra-prima. Eu concordo com a análise, mas não senti todo esse "electro" no album. Na verdade, as partes sintéticas são pelo tema - Metropolis. Mudando de assunto, alguém já ouviu o audiobook do Cult of Luna?