Gênero: Hard Rock/Psychedelic Rock/Blues Rock/Stoner Rock/Heavy Met...aquele rock sinistro, pesado e psicodélico dos anos 70, pronto.
País: Suécia
Ano: 2008
Comentário: O álbum é de 2008, mas a vibe é do final dos anos 60 e início dos 70. Quando bandas como Led Zeppellin, Blue Cheer e Black Sabbath iam moldando o que se tornaria anos depois o nosso querido e amado Heavy Metal, através do Pyschedelic Rock, Blues Rock e uma boa pegada mais pesada e distorcida, que ficou conhecida como Hard Rock. Porém o gênero começou desde cedo a se diversificar absurdamente e logo no inicio da década de 70 começavam a surgir bandas com temáticas e vibes completamente opostas dentro do estilo, como, por exemplo, os Scorpions na Alemanha em 73 e o Pentagram nos EUA em 71. Graveyard é então uma banda sueca formada em 2006 que bebe da fonte de bandas da vibe justamente do Pentagram e do Sabbath, que exploram a obscuridade, os filmes trash, o misticismo e a morte, que viriam a motivar gêneros que surgiriam só depois como o Doom Metal, o Black e o Death Metal, por exemplo.
Mas além de todo esse background histórico que uma banda profundamente imersa no "revival" traz, o Graveyard é, por si só, uma excelente banda que transmite toda essa energia setentista com personalidade, passando longe de ser um mero tributo. São o que se poderia dizer de continuação do trabalho criado pelos monstros primordiais do estilo, no mais alto nível. Este é o primeiro disco dos caras, lançado em 2008, que é um dos discos mais grudentos que eu escutei nos ultimos tempos (e olha que esse é naturalmente um estilo extremamente viciante, com esses vocais melódicos e esses riffs cadenciados, e o Graveyard se destaca). Os vocais, divididos entre Joakin Nilsson e Jonatan Larocca, também guitarristas, são um dos pontos fortes da banda e do disco, e principalmente do estilo, pois são bem apaixonados, intensos e melódicos, compondo excelentes refrões. Os riffs são aquele esquema cadenciado e com solos permeando algumas músicas, de forma que são cativantes e nada cansativos, embora isso ainda acometa infelizmente algumas bandas do estilo. Não é o caso do Graveyard, e muito disso também se deve ao baterista Axel Sjöberg e ao baixista Rikard Edlund que seguram bem as pontas numa cozinha sinistríssima e toda psicodélica, com aquelas viradas constantes usando mais do que simplesmente prato-bumbo-caixa, explorando bem os tons, e o baixo muito melódico, mais do que simplesmente acompanhando guitarras e bateria.
No geral não é difícil se apaixonar pelo Graveyard, seja você fã ou não das bandas mais clássicas, a sonoridade do grupo é totalmente atual e original, mesmo que bebendo de fontes setentistas. E a pegada da banda é totalmente viciante, os vocais são extremamente grudentos, com um instrumental psicodélico e pesado, ao mesmo tempo que bem melódico. No mais, as letras são naquele velho estilo sinistro e místico, valendo muita a pena dar uma olhada também.
E pra finalizar, esse post to fazendo após um pedido da galera do twitter (embora eles tenham pedido Classic Rock, eu tava louco pra postar essa banda e finalmente tomei vergonha na cara, espero que gostem, mas vou ver se providencio também uns clássicos mais roots), onde rola de vez em quando umas interações bem legais, dicas e tal. Então baixa esse disco e segue nóis lá ouvindo essa belezinha pra entrar na vibe, lindeza obscura psicodélica revival maravilhosa. Ou por aí.
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Tracklist:
1- "Evil Ways" – 3:28
2- "Thin Line" – 5:24
3- "Lost in Confusion" – 3:23
4- "Don't Take Us for Fools" – 4:02
5- "Blue Soul" – 6:17
6- "Submarine Blues" – 2:25
7- "As the Years Pass By, the Hours Bend" – 4:41
8- "Right Is Wrong" – 4:27
9- "Satan's Finest" – 5:31
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Pô mano, ótimo post. Eu já queria algo mais na vibe tradicional, e isso (parece) caiu como uma luva. Vou conferir! Grande resenha, inclusive.
ESSA BANDA É SENSACIONAL