País: Brasil
Ano: 1998
Comentário: Sad Theory é uma banda Curitibana formada em 1998 que toca um Death Metal Melódico muito peculiar, e conta na sua formação com músicos graduados na UFPR (universidade Federal do Paraná), o que vem a pesar de uma maneira muito positiva, visto as composições cultas do grupo. Gravou 3 álbuns em estúdio, sendo esse o segundo e melhor, devido a todos os ingredientes contidos nesse trabalho.
Esse trampo é tão peculiar, que não conheço uma banda que se assemelha a essa. Esse disco é conceitual, e foi inspirado no livro controverso e censurado do francês Charles Baudelaire, “As Flores do Mal”. As letras falam de poesia, amor, e é o que rege esse trabalho. Todo o instrumental é correto, coeso e único. A bateria é cadenciada, sendo que o batera Alison Schlichting, tem uma riqueza ritmica e uma sensibilidade que assusta, abusando da quebradeira, acelerando com bumbos na velocidade da luz, e cadenciando muito quando necessário, sendo o grande destaque da cozinha. O contra-baixo é muito coerente, sem inventar sendo de Carlos Machado o papel de principal compositor, onde ele usa toda sua cultura de graduado em letras, para fazer a diferença. As guitarras são de uma beleza extrema, sem deixar o peso de lado, mas é muito mais melódica e sensível, o que deixa o disco muito diferente, e na minha opinião é o grande trunfo, é aquilo que difere lindamente, fazendo um dueto lírico nunca visto por minha pessoa nesse gênero musical. O vocalista Claudio Rovel é o responsável pelo peso, sim é o vocalista que deixa a banda com a potência que ela precisa, ele que com seu gutural suja, no melhor sentido de todos, a poesia, e com sua variação vocal dilascerante grita uma agonia poética, com sua performance impecável em todo o disco. Violões e teclados fecham os arranjos mais que perfeitos, dando o toque erudito.
Esse disco conta com 11 faixas autorais, e por ser um álbum temático, fica impossivel destacar alguma musica, ou ouvir uma canção isolada, sendo coerente e fechado em atos. O cd começa com o petardo que da o nome ao trabalho. "Caress" é uma canção curta intrumental que precede as 3 próximas que são o ponto alto do disco, nas composições líricas e intrumentais, divididas em 3 atos interligadas. Toda a melancolia e a tristeza fica por aqui. "Weepy Drop" na minha opinião é a grande música do disco, mostrando toda a maturidade, variação ritmica, intrumental e vocal, sendo lindíssima a ponto de emocionar. O disco conta ainda com "Pain Poisons Soul", que é talvez a mais pesada desse trabalho, com poucas variações, com o espirito Death, ganhando um clipe produzido, e nessa canção que Carlos Machado começa a ficar evidente pro ouvinte que não se liga muito nas composições. É ele que declama o poema A Madrigal, de sua autoria, no inicio e no fim dessa faixa, e ele mesmo fecha cantando a acustica e linda "Blinding Sun", com chave de ouro.
Banda nacional, única, que mostra a força da educação e cultura nas suas composições, nadando contra a maré do gênero, que é estigmatizado em só se falar de gore, splatter e afins, Sad Theory nesse trabalho, que é muito além de um cd de música, é uma obra literária e poética. Um download obrigatório, para se ouvir de pé, e aplaudir após o término, copiar as letras e declamar pra namorada. Uma obra de arte da música erudita brasileira, sem exageros.
Esse trampo é tão peculiar, que não conheço uma banda que se assemelha a essa. Esse disco é conceitual, e foi inspirado no livro controverso e censurado do francês Charles Baudelaire, “As Flores do Mal”. As letras falam de poesia, amor, e é o que rege esse trabalho. Todo o instrumental é correto, coeso e único. A bateria é cadenciada, sendo que o batera Alison Schlichting, tem uma riqueza ritmica e uma sensibilidade que assusta, abusando da quebradeira, acelerando com bumbos na velocidade da luz, e cadenciando muito quando necessário, sendo o grande destaque da cozinha. O contra-baixo é muito coerente, sem inventar sendo de Carlos Machado o papel de principal compositor, onde ele usa toda sua cultura de graduado em letras, para fazer a diferença. As guitarras são de uma beleza extrema, sem deixar o peso de lado, mas é muito mais melódica e sensível, o que deixa o disco muito diferente, e na minha opinião é o grande trunfo, é aquilo que difere lindamente, fazendo um dueto lírico nunca visto por minha pessoa nesse gênero musical. O vocalista Claudio Rovel é o responsável pelo peso, sim é o vocalista que deixa a banda com a potência que ela precisa, ele que com seu gutural suja, no melhor sentido de todos, a poesia, e com sua variação vocal dilascerante grita uma agonia poética, com sua performance impecável em todo o disco. Violões e teclados fecham os arranjos mais que perfeitos, dando o toque erudito.
Esse disco conta com 11 faixas autorais, e por ser um álbum temático, fica impossivel destacar alguma musica, ou ouvir uma canção isolada, sendo coerente e fechado em atos. O cd começa com o petardo que da o nome ao trabalho. "Caress" é uma canção curta intrumental que precede as 3 próximas que são o ponto alto do disco, nas composições líricas e intrumentais, divididas em 3 atos interligadas. Toda a melancolia e a tristeza fica por aqui. "Weepy Drop" na minha opinião é a grande música do disco, mostrando toda a maturidade, variação ritmica, intrumental e vocal, sendo lindíssima a ponto de emocionar. O disco conta ainda com "Pain Poisons Soul", que é talvez a mais pesada desse trabalho, com poucas variações, com o espirito Death, ganhando um clipe produzido, e nessa canção que Carlos Machado começa a ficar evidente pro ouvinte que não se liga muito nas composições. É ele que declama o poema A Madrigal, de sua autoria, no inicio e no fim dessa faixa, e ele mesmo fecha cantando a acustica e linda "Blinding Sun", com chave de ouro.
Banda nacional, única, que mostra a força da educação e cultura nas suas composições, nadando contra a maré do gênero, que é estigmatizado em só se falar de gore, splatter e afins, Sad Theory nesse trabalho, que é muito além de um cd de música, é uma obra literária e poética. Um download obrigatório, para se ouvir de pé, e aplaudir após o término, copiar as letras e declamar pra namorada. Uma obra de arte da música erudita brasileira, sem exageros.
Tracklist:
1. A Madrigal of Sorrow - 03:11
2. Caress - 00:26
3. In Dusk - 03:54
4. Soothing Memories - 03:46
5. Lost Why - 04:15
6. Intimate Abyssal - 02:18
7. Weepy Drop - 03:45
8. Un Quelqu’un Solitaire - 04:30
9. Bitter Taste - 04:14
10.Pain Poisons Soul - 03:37
11.Blinding Sun - 04:20
Download:
Assino embaixo.Quem nunca ouviu,corra atras imediatamente.O disco é uma obra prima subestimada!