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domingo, 29 de novembro de 2015
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Porco na Cena #54 - Dia D Fest (Belém/PA)

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Certa vez me perguntaram “Por que você gosta desse tipo de música?”. Penso que algumas coisas não possuem muito lá coerência ou explicação – daquilo que certa vez falaram que estão além da nossa vã filosofia –; contudo ainda hoje busco uma resposta. Quiçá "este" seja o tipo de música para se apreciar em sua forma estrutural (com os riffs de guitarra, a imponência do baixo, a violência da bateria, a potência do vocal; as letras das músicas e suas origens, entre outras firulas), o tipo de música que trabalha em sua essência – sobretudo ao vivo – a atmosfera, as sensações e tudo que esteja próximo a isso. Como disse, ainda não tenho uma resposta à pergunta que me fizeram, mas após a noite de ontem, começo a crer que minha linha de pensamento não esteja tão errada...

No dia 28 de Novembro de 2015 (sábado/ontem), uma leva de pessoas vestidas de preto desceram a Av. Almirante Tamandaré na capital paraense rumo ao Insano Marina Club no intuito de assistir aos shows do festival feito em comemoração aos 30 anos de existência da banda Deliquentes, o Dia D Fest. Com 13 bandas autorais a se apresentarem e dois palcos (um de frente ao outro), o evento estava previsto para começar às 15hrs (com entrada gratuita até às 17hrs). Às 17, eu estava em uma fila enorme que teoricamente não deveria existir e lá fiquei por mais 40min. Não sei por qual motivo isso aconteceu, mas devido a isso infelizmente a maior parte das pessoas que já estavam por ali perderam o show da primeira banda SISA, inclusive eu. De qualquer forma, isso não foi de fato relevante perto do que veio a seguir e, para o post não ficar muito extenso, falarei dos três shows que mais gostei, até porque eu poderia resumir a noite de ontem em apenas uma palavra: Destruição!

A quinta banda a se apresentar (e a terceira em meu pódio) da noite foi a Sokera. Banda esta que, apesar de ser bem recente – formada ano passado – já carrega um EP nas costas e um público bem fiel e... brutal! Muito embora eu tenha passado o sábado inteiro ouvindo as músicas para me familiarizar mais com as bandas que não conhecia, ontem foi a primeira vez que vi a Sokera se apresentar ao vivo e uma das coisas que mais me chamou atenção foi a brutalidade com que o público recebe e concebe a sonoridade que a banda faz: um som cru e uma porrada seca (literal?). Aquele foi o show com a segunda roda punk (mosh ou seja lá como você chama) mais violenta, com direito a wall of death e um mortal pulado do palco como gatilho. Destaco ainda o coro no VAI SE FODER da música Evolução.



Muito embora eu seja 2 partes brutalidade para 1 parte introspecção, sempre serei a tiete e fã incondicional de contrabaixo, logo o segundo show do dia e também segundo lugar para mim foi o da banda Navalha, a qual eu não conhecia (nada mesmo) e me deparei com um contrabaixo de 6 cordas junto às batidas derradeiras de bateria. Navalha tem um som mais trabalhado, atmosférico e introspectivo... denso, em eufemismo. Chega a ser irônico a composição poética involuntária do sol se pondo e as águas da baia de Guajará baterem com o vento em conjunção às músicas do Navalha e um mix de cores do fim da tarde. Ao vivo parecia ter uma sonoridade mais pesada, no entanto, ainda intimista; embora tenha sido um show cedo e com um público um pouco menor em relação aos posteriores (pois ainda havia gente chegando), até isso condisse com o clima envolto a quem curtia a apresentação.


E, claro, ocupando o meu primeiro lugar está a banda Deliquentes, não porque era a anfitriã, porque era o show mais aguardado ou porque era comemoração de seus 30 anos de carreira, mas por vibração mesmo, o ápice da noite em tudo: vibe, público, quantidades de mosh, brutalidade em mosh eu que fui empurrada e fiz um strike nas pessoas atrás de mim, piração, etc, entre músicas novas como Fúria Urbana e músicas clássicas como Cemitérios; tudo em uma sequência de acontecimentos apoteóticos, como o momento que o vocalista Jayme Katarro pulou do palco e ficou rodeado da galera enquanto cantava. E, por fim, o show terminou com a clássica Planeta dos Macacos, um banho de espumante e essa bela foto aqui:
Foto por Icaro Lima.


P.S.: Deixo a menção honrosa ao show da banda Antcorpus (quarta banda a se apresentar), o qual foi brutal e também porque Thrash Metal sempre será aquele meu 1% vagabundo (ba dum tss). 

Evento Facebook

Bandas:
- SISA: Facebook / Bandcamp
- Navalha: Facebook / Soundcloud
- Blind For Giant: Facebook
- Antcorpus: Facebook
- Sokera: Facebook / Bandcamp
- DNA: Facebook
- The Last Machine: Facebook / Bandcamp
- Delinquentes: Facebook / Bandcamp / Soundcloud
- Rennegados: Facebook
- A Red Nightmare: Facebook / Site
- Briga de Bar: Facebook
- Insolência Públika: Facebook / Soundcloud
- Neuróticos: FacebookSite
sábado, 21 de novembro de 2015
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Porco na cena #53 - Pearl Jam em Belo Horizonte

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Os norte-americanos Pearl Jam estão há quase trinta anos prestando bons serviços ao mundo, conciliando (em doses equilibradas) boa música e ativismo político/social. 

Com reconhecimento em escala mundial, a banda vem desde o seu álbum de estreia arrebatando plateias mundo afora (das mais variadas faixas etárias), graças a grandes canções e apresentações viscerais, longas e antológicas. Ontem fora o dia do público mineiro conferir pela primeira vez a passagem da trupe liderada por Eddie Vedder. 

Porém, para descrever o que fora a primeira passagem do Pearl Jam em Belo Horizonte, jornalisticamente falando, não é tarefa das mais fáceis, pois encontrar palavras que mesurem de maneira adequada a emocionante apresentação é passível de ser piegas por demais e passa longe da imparcialidade. Mas alheio ao profissionalismo me rendo a tentar expressar minhas impressões.  

Os 42 mil presentes no Estádio Mineirão foram agraciados com um banho torrencial, de maneira literal e metafórica. Durante a sexta-feira, dia da apresentação, a cidade sofrera com fortes chuvas que perduraram por todo dia. E para compactuar com o clima, a apresentação (iniciada com meia hora de atraso) teve como abre-alas "Rain", delicada canções dos Beatles,

Diferente do formato "montanha russa" (oscilando longas sequências com canções mais lentas ou mais rápidas), o setlist da noite (composto por 36 músicas, o mais longo desta turnê, em quase três horas de apresentação) seguiu um inusitado formato randômico, quase alternando entre essas duas categorias. 

No hall das predileções, o álbum Ten fora o grande prestigiado da noite tendo seu repertório tocado quase em totalidade. Hinos da fase inicial como "Black" e "Alive" causaram momentos de catarse coletiva. Já a ala das covers, além dos Beatles as homenagens da noite percorreram desde caminhos habituais ou conhecidos dos fãs via "Sonic Reducer" (Dead Boys), "Imagine" (de John Lennon), "Rockin' in the Free World" (Neil Young)  aos inusitados como "Comfortably Numb" (do Pink Floyd, executada ao vivo pela 2ª vez) e a inédita "I want you so hard (boy's bad news)" (Eagles of Death Metal). Atendendo a "protestos", segundo Vedder, Stone Gossard foi aos vocais para cantar "Mankind", faixa do disco No code. Hits como "I am mine", "Do the evolution", "Sirens" e "Given to fly" não foram esquecidos e conviveram em plena harmonia com b-sides como "Pilate" e "Bee Girl". Tudo tocado com a maestria.    
   
Esbanjando o carisma já habitual, Vedder (em bom português) arriscou a comunicação com o público. Na sua pauta estava o dolorido atentando a capital francesa e o "acidente" ambiental ocorrido em Mariana (MG). Para o primeiro o vocalista dedicou a já citada"Imagine", clamando pela paz mundial. Já o segundo ganhou atenção especial já que ele bradou por uma imprensa imparcial e que prime pela verdade. Não obstante, conclamou por justiça aos culpados pelo desastre que, segundo o mesmo, "não deve ser esquecido" e ainda prometeu parte da renda do show para os que sofrem com as consequências do mesmo.

Por fim, Bono Vox (U2) certa vez disse que "a música pode mudar o mundo porque ela pode mudar pessoas". Atualmente vivemos dias tenebrosos (o ano de 2015 segue como um dos mais estranhos e tempestuosos dos últimos tempos), mas o Pearl Jam segue remando contra a maré, dizendo através de sua música que valores que prezem pela paz, a igualdade e o amor devem ser perpetuados de maneira desregrada e sem medida. Enquanto existirem bandas com proposta como esta o mundo torna-se um lugar ainda melhor. 

Poster oficial da apresentação. 
sexta-feira, 3 de julho de 2015
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Overload Music Fest 2015

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Após a edição de 2014 que trouxe para o Brasil bandas como Alcest, God Is An Astronaut e Fates Warning, o Overload retorna em 2015 maior e com mais bandas em seu lineup.

É interessante ressaltar a importância do festival realizado pela Overload, que traz para o Brasil bandas que normalmente sequer imaginariamos ver por aqui, passando por várias vertentes diferentes do rock e metal. 

Bandas que fizeram parte da história do Pignes desde o início como Anathema, Paradise Lost, Novembers Doom e Antimatter integram o lineup desse ano, que ainda conta com a maravilhosa banda japonesa de post-rock Mono, a experimentalidade do Reign of Kindo e o rock progressivo do Riverside pra nenhum fã de Porcupine Tree botar defeito.

Simplesmente imperdivel.

quarta-feira, 8 de abril de 2015
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Porco na cena #52 - Lollapalooza Brasil 2015

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Em 2015 Lollapalooza chegou a sua quarta edição no Brasil e segunda no Autódromo de Interlagos. O line up desta vez foi o mais diversificado, pois apostou em DJs (Calvin Harris e Skrillex) que foram içados ao hall de co-headliners, um artista pop de peso (Pharrel Willians), bandas consagradas (Smashing Pumpkins), artistas renomados (Robert Plant), um astro do rock em seu melhor momento (Jack White) e muitas bandas indies brasileiras (Boogarins, O terno, Far From Alaska, Baleia) que ganharam no Lolla uma boa oportunidade de exibição. 

Mas como um bom festival não é feito só de música, mais uma vez, a organização errou em diversos quesitos. À começar pelo preço exorbitante de tudo relacionado à alimentação internamente. Uma água por exemplo saia à 2 mangos (R$ 5,00) e uma cerveja cerveja à 4 mangos (R$10,00). Para entender melhor o funcionamento o festival adotou uma moeda interna que custava R$ 2,50 correspondente a cada mango.  Tal iniciativa pode até ter sido uma ideia engenhosa, mas que de fato foi uma tentativa de tentar mascarar os preços abusivos. 

Como se não bastasse logo no primeiro dia do evento o sistema das máquinas de cartão de credito saiu do ar, fazendo com que várias pessoas tivessem que esperar um bom tempo para comprar suas moedas de troca. Já no segundo a cerveja chegou à acabar em alguns bares por volta das 20:00. 

A distribuição da grade de horários de apresentação também carecia de um melhor arranjo, pois ótimas apresentações de bandas como Interpol, Molotov e Kasabian acabaram sendo curtas, em horários ruins ou com pouco público. Já bandas medíocres como Alt-J, Young The Giant e The Kooks obtinham melhores horários e shows com duração de mesmo quilate.    

Positivamente, a ala de serviços foi aumentada tanto no Chef Stage quanto aos vários Food trucks instalados próximos ao palco Skol que ofereciam uma diversidade considerável de comida, mesmo que também à preços salgados. A disposição dos palcos e banheiros seguiu quase a mesma logística da edição anterior com exceção do palco Ônix cuja distância fora encurtada.

No total 136 mil pessoas circularam durante os dois dias evento. O Ignes Elevanium esteve lá representado a classe dos entusiastas por shows que preferem ir ao campo de batalha ao invés de ficar sentado assistindo pela TV e conta como foram algumas das apresentações.

quarta-feira, 1 de abril de 2015
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Porco na cena #51 - St. Vicent / Robert Plant em BH

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Realizado em solo brasileiro desde 2012, o festival Lollapaloza tem como principal fator trazer em seu line up uma gama de artistas dos mais variados gêneros. Paralelas as gigantescas edições do evento que ocorrem em São Paulo no mês de março, a cidade do Rio de Janeiro era até então a única a receber parte das grandes apresentações. 

Porém, com a mudança no mercado de shows outras praças se tornaram parte da rota de shows internacionais. Desta feita, as tradicionais Lolla parties (agora Lollapalooza edition), chegaram à cidades como Brasília e Belo Horizonte.

Entre os dias 25 a 27 deste mês a capital mineira recebeu no Chevrolet Hall apresentações de Bastille, Foster The People, Skrillex, Major Lazer, Dillon Francis, St. Vicent e Robert Plant. As duas últimas ocorreram na última quinta-feira e foram históricas. O Ignes Elevanium esteve lá e conta como foi.

Quem escreve e faz os uploads:

 
Ignes Elevanium © 2011 DheTemplate.com & Main Blogger. Supported by Makeityourring Diamond Engagement Rings

Poucos direitos reservados a nós e muitos para as bandas.