sexta-feira, 15 de julho de 2011
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The Charque Side Of The Moon

14 comentários
Gênero: Prog rock/ Psychedelic/ Experimental/ Música Regional Brasileira
País: Brasil
Ano: 2008

Comentário: Este não é apenas um disco, mas também um verdadeiro mash up. Provocativo simplesmente por incorporar o sal que só o povo nordestino/nortista — mais especificamente Paraense — possui, pode causar calafrios em muitos que não suportam reinvenções, sobre tudo com clássicos deste naipe, no caso Dark Side Of The Moon.

A homenagem, se é assim que posso chamar, une ao som original boas doses de guitarrada, cumbia, lundum, brega e surf music, temperando-o bem ao modo do Pará. Aliás, aqui entra o Charque, que se não fosse a Internet eu jamais saberia que é a carne-seca, ou algo próximo também da carne-de-sol (e claro, apelido da genitália feminina). Essa é a proposta do The Charque Side Of The Moon, projeto idealizado, executado e salgado por Luiz Felix, guitarrista e vocalista da banda La Pupuña — além de grande fã de Pink Floyd — que visa não alterar o disco, mas sim deixá-lo mais particular. “A idéia era manter a concepção do disco todo, mas dar a ele um sotaque paraense”, conta Luiz.

Mas o disco não é só Floyd e Felix. Tal projeto contou com a co-produção de Fabrício Jomar, além de participações (15 ao todo) como de Sammliz, vocalista da banda Madame Saatan, que interpretou Money. Porém desconheço os demais músicos, mas músicos da nova geração do rock foram chamados, e também de outras cenas, como o grupo de carimbó Os Baioaras, a technobrega Gaby Amarantos e Mestre Vieira, do qual já ouvira falar pois sé nada menos que o criador da guitarrada, e assim é conhecido.

Embora toda essa suruba, o disco não foge do verdadeiro espírito pink floydiano, pelo contrário, o mantêm. Toda a melancolia, o psicodelismo (que acaba sendo presenteado com o próprio experimentalismo aplicado pelos músicos brasileiros), e o ar crítico. Tudo está aqui, mas, como supracitado pela blogosfera, bem mais salgado.

Belo resultado, uma maneira sensacional de quebrar um pouco o gelo do prog rock e de rever certos conceitos sobretudo quanto à música do norte e a re-utilização da cultura de massas.

LastFM//ManRecords (English)

Tracklist:
1. Speak to me/ Breathe
2. On the run
3. Time
4. The great gig in the sky
5. Money
6. Us and them
7. Any colour you like
8. Brain damage
9. Eclipse

MegaUpload//Mediafire//MirrorCreator

14 Responses so far.

  1. Koticho says:

    dormirei traumatizado

  2. Ariel C. says:

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk bacana é a foto do cara fazendo esse triângulo! kkkk

    Então, agora, Xuxu, quando eu te convidar pra vir tomar açaí com charque aqui em casa, tu já vem com segundas intenções, ok?! :B

  3. Pedro Ferreira says:

    Fiquei fitando essa xana peluda por alguns minutos, sem ter reação.

  4. Mboratto says:

    Legal o review, mas uma correção importante o Pará não fica nordeste,

  5. svart says:

    Pará é na região Norte champs...

  6. Ian Andrade says:

    Que capa escrota. Pará é no Norte. O Nordeste já tem muitos negativos, Calypso e açaí só piorariam as coisas, não faça isso. Álbum interessante, né, de qualquer forma, embora pareça ser uma completa merda pelas músicas que escutei. Merda porque não colou, simplesmente, mas realizaram o objetivo ao qual se propuseram, então é válido. Baixa qualidade, entretanto. Aposto que essa banda soaria muito mais legal com músicas próprias. Bom post.

  7. BARBARO says:

    AHAHHAHAHAHAH PRA TER UMA CAPA DESSA TINHA QUE SER BRASILEIRA ESSA BOSTA! HAHAHA

  8. Damien Willis says:

    Perdão, deslize meu. Embora eu não precise de TRÊS me corrigindo quando nem mesmo é a quantia que comenta em meus posts.

    abraço.

  9. Forba says:

    "Provocativo simplesmente por incorporar o sal que só o povo nordestino/nortista — mais especificamente Paraense — possui, pode causar calafrios em muitos que não suportam reinvenções"

    Excelente resenha auto-explicativa.

  10. Esse álbum é perfeito para saber o que NÃO se deve fazer com música. O Pink Floyd é perfeito do jeito que é; se mexer, estraga. Homenagens são possíveis, mas, como comenta o colega abaixo, quando cumprem o que é proposto. É só lembrar que os componentes da banda atribuem a cada música um significado, estando todas presas pelo sentido que desenvolvem dentro do álbum. Sinto que é como se uma criança rabiscasse a Monalisa e dissesse que é uma homenagem. Péssimo.

  11. Alexandrect06 says:

    Cara muito bom :-) tem bem um q nordestino brasileiro que é arretado
    Porém muito mais legal que o -
    -  easy star all stars - the dub side of the moon -

    Parabens pelo post

  12. P.A. says:

    meus ouvidos estão salivando para ouvir essa homenagem

  13. Asdrubal says:

    Esse imbecil nem ouviu o Álbum e já sai falando merda, se mata barbaro

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