quarta-feira, 7 de março de 2012
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Les Discrets - Ariettes Oubliées...

6 comentários


Gênero
: Shoegaze/Post-Rock
País: França
Ano: 2012

Comentário: Les Discrets é o projeto musical de Fursy Teyssier, que já participou de bandas como Phest e Amesouers, que sintetiza suas concepções artísticas de forma musical, visto que o cara também é ilustrador, inclusive faz as capas da própria banda e de bandas como o Alcest, que será (bastante) citado nesta resenha, e o próprio Amesouers. Algum tempo depois da criação do projeto em 2003 por Fursy, se uniram a ele na banda o baterista Winterhalter (que também é baterista do Alcest e foi do Amesoeurs) e a vocalista Audrey Hadorn por quem eu tenho uma absurda paixão platônica e com esta formação a banda já lançou seu debut em 2010, Septembre et Ses Dernières Pensées, e traz dois anos depois - após um sensacional split com o Arctic Plateau, diga-se de passagem - o seu segundo full-lenght, Ariettes oubliées....

É inegável a influência do som criado por Neige do Alcest e do Amesoeurs na sonoridade de uma inúmera quantidade de bandas francesas surgidas após 2004 ou 2005, por aí, e o Les Discrets pode-se dizer que foi uma das primeiras bandas a influenciar a estética do estilo fortemente. Quando se pensa em bandas do chamado pós-black metal, como Lifelover, Amesouers e Heretoir, o que vem à minha mente são paisagens urbanas cinzentas e escuras, melancólicas, caóticas e românticas ao mesmo tempo. E essa imagem certamente deve-se muito a Fursy Teyssier, devido a suas capas e mais recentemente, clipes, como este anexado ao post que recomendo fortemente. Musicalmente então o Les Discrets segue exatamente essa estética, sendo uma síntese de melancolia, caos (especialmente este ligado a influencia cavalar do Black Metal na bateria de Winterhalter) e romantismo, seja com os vocais de Fursy ou as letras e vocais de Audrey. O post-rock e o shoegaze dão as caras nos vocais etéreos e nas quebradas melódicas que constratam com os riffs distorcidos da maior parte do álbum. Uma das características mais interessantes desse estilo do Les Discrets é conseguir ser uma banda com elementos bastante pesados, como um baterista com o Winterhalter e guitarras bem distorcidas em quase todo o tempo, mas sendo ao mesmo tempo uma das bandas mais tocantes, etéreas e emocionantes que eu já ouvi.

Perderia aqui horas descrevendo a sonoridade do trio, sem conseguir transmitir nem uma parcela minuscula da intensidade emocional que Ariettes... proporciona. Sem dúvida é um álbum muito mais maduro que o também excelente Septembre... com muito mais equilibrio entre os pesados blast beats e o romantismo das letras. Os riffs estão muito mais intensos também, belíssimos e com um baixo daqueles bem post-punkzados (como de costume no estilo, inclusive), bem na cara e dando uma profundidade à sonoridade da banda incrível. Este é mais um dos álbuns do chamado "Pós-Black Metal" que ficarão nos nossos ouvidos por muito tempo, e a prova que o estilo que muitos previam saturar está mais vivo do que nunca.

Álbum enviado pela leitora Victoria, que fez a gentileza de nos enviar em 320kbps e seguindo nossos padrões de forma perfeita, realmente agradecemos bastante. E com direito a declaração de amor no .txt dentro do .rar, que fofo!

Site Oficial

Tracklist:

Disco I
01. Linceul d'hiver
02. La traversée
03. Le mouvement perpétuel
04. Ariettes oubliées I: Je devine à travers un murmure...
05. La nuit muette
06. Au creux de l'hiver
07. Après l' ombre
08. Les regrets

Disco 2
01. Le souffle froid
02. Ariettes oubliées II: Il pleure dans mon cœur… [feat. Gianluca Divirgilio]
03. L'échappée [acoustic version]

Links:

Mediafire (breve mais links)



Como não amar esse clipe?

6 Responses so far.

  1. Aquila Teofilo says:

    Puxa, eu tava pensando em usar esse álbum pra resenhar, haha. Mas, assim, em minha humilde opinião, o Les Discrets, apesar de estar sim bem próximo, acredito não estar propriamente dentro do que se pode chamar de post-black metal. Existe um proximidade muito grande com esse "novo" gênero, mas apesar da atmosfera do "caos frio, noturno e romântico", de algumas passagens com blast beats e alguns riffs de guitarra, a sonoridade da banda meio que transcende o estilo. De qualquer forma, é um álbum estupendo, magnífico, sobre-humano.

  2. Aquila Teofilo says:

    E, wow, eu não tinha visto o clip. Sublime!

  3. Forba says:

    Concordo que o Les Discrets transcende o estilo, porém eu acho que, como eu disse, foi uma banda influente de forma massiva no estilo, mas de forma própria, acrescentando um 'approach' diferenciado. Usei na verdade o mesmo critério pra dizer que o Katatonia é uma banda ligada ao Doom Metal. Claramente transcende o estilo, mas ao mesmo tempo o influencia massivamente inegavelmente. 

  4. Unknown says:

    A versão da Après l' ombre que eles fizeram para o Whom The Moon A Nightsong Sings eu achei muito melhor.
    Aliás, aquele disco é sensacional do começo ao fim.

    Voltando ao assunto desse album aqui.
    Muito bom, recomendado, adoro essa banda!

  5. Kekfjud says:

    Primeira coisa dizer valeu pelo link, segundo conheço Alcest adoro muito som da banda.

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