segunda-feira, 22 de outubro de 2012
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AHAB - Discografia

3 comentários

Gênero: Funeral Doom Metal
País: Alemanha
Ano: 2004

Comentário: Muito embora o AHAB esteja se alçando ao sucesso no meio do underground, vide os festivais nas quais foi headliner e a popularidade da banda até mesmo com quem não gosta de Funeral Doom Metal, esses caras merecem bem mais. E, sendo eu um fã chato e criterioso do estilo, sei o que digo! Ao passo em que grande parte das bandas de Doom Metal adeptas à lentidão extrema estejam mais engajadas a uma temática melancólica e poética, com uma atmosfera carregada no som aliada às letras, esta banda alemã- como bem devem saber, afinal o AHAB não é nenhuma banda desconhecida- aborda temas muitíssimo mais interessantes! E se há qualquer fã de literatura por aqui, já sabe do que se trata; afinal, Ahab é o nome do capitão cuja procura incessante pela famosa baleia branca é tema do livro Moby Dick. Nada mais apropriado para uma banda cujo som é tão profundo quanto o oceano!

A banda é atualmente formada por Stephan Wandernoth (baixo) e Cornelius Althammer (bateria), que tocam também na banda Dead Eyed Sleeper, e a dupla das seis cordas Chris Hector e Daniel Droste- que também é o vocalista-, sendo a dupla também integrante da banda Midnattsol. Logo de cara, talvez, sejam estes os dois elementos que mais saltam aos ouvidos: a bateria de Cornelius, que soa bastante técnica e engendrada, ainda que, obviamente, segurando todo o massacre das canções nas tradicionais marcações lentas dos pratos; e os vocais de Daniel, que realmente soam como algo provindo do fundo do mar. Como diria um amigo meu, é como se fosse um móvel sendo arrastado pelo chão: bastante profunda e grave, Daniel Droste sabe utilizar seu gogó de maneira excelente. O baixo e as guitarras, numa afinação baixíssima, possuem um timbre bastante agradável aos ouvidos e melodias criativas que recriam o ambiente demarcado pela temática- e desde já peço perdão pelos comentários baseados no efeito placebo causados pela associação das melodias com a temática, isso será uma constante nesta resenha.

Antes de lançarem seu primeiro full- length, a banda libera um single, The Stream, cuja canção já mostra os belos atributos da banda (mesmo que numa qualidade um tanto inferior), e uma demo, que contém The Stream e duas canções de seu álbum oficial. E eis que, em 2006, vem seu aguardado debut, The Call of the Wretched Sea. A música contida aqui é tão densa quanto o título! As duas canções que mais chamam a atenção, talvez sejam The Hunt (com uma pegada extremamente lenta, cuja introdução lembra curiosamente o mar) e Old Thunder (sua introdução dedilhada é um deleite para os ouvidos, assim como a dupla formada pelos vocais e pela bateria técnica). A música que abre o álbum, Below the Sun, apresenta um riff matador, e surpreende pelos (oh céus, lá vou eu comentar isso de novo) vocais densos de Daniel Droste. Sim, eu vou bater nesta tecla. Enfim, é um BAITA debut, cotado sempre como um dos melhores de 2006, e um dos melhores entre bandas de (Funeral) Doom Metal.



Três anos depois, no conturbado (pelo menos pra mim) 2009, os alemães fazem de novo: lançam mais um petardo. Desta vez, intitulado The Divinity of Oceans, mostra sua divindade na capa do álbum, um fragmento de uma pintura romanticista chamada ''A Jangada da Medusa''. E a primeira canção deixa claro a homenagem: Yet Another Raft of the Medusa é minha preferida deste álbum. O ambiente criado pela introdução acústica, é indescritível. Deixe- me descrever a situação: você,  por alguma razão, encontra- se deitado numa jangada feita de troncos de árvores amarrados precariamente, enquanto o oceano, num aspecto calmo, canta o chamado das baleias ao redor. Sim, é bom dessa forma. E da mesma forma que se inicia, termina de forma fantástica: o mesmo clima envolvido pela música de abertura é recriado em Nickerson's Theme, ainda que de forma menos intensa. Os vocais limpos de Daniel Droste são envolventes e a introdução nada apressada se intensifica pouco a pouco até que o ápice chegue. Essas duas são as que mais se destacam numa primeira audição, pelo clima engendrado pelos diversos elementos aqui contidos. O riff da música título é matador e chamativo para um headbang lento; O Father Sea apresenta os guturais logo de início; e Redemption Lost, ainda que com uma melodia mais viva e, na falta de uma palavra melhor, ''animada'', entretem o ouvinte para os diversos arranjos das duas guitarras.

E o tão esperado (pelo menos por mim) e anunciado The Giant, com sua capa artística ilustrada psicodelicamente, saiu este ano numa euforia dos fãs. Os teasers mostravam um AHAB mais acústico e introspectivo, numa linha mais Opeth de ser. E não tão distante dessa descrição, temos vários elementos diferentes inseridos ao estilo já consagrado da banda: os trechos acústicos, que agora são mais constantes, os vocais limpos, mais frequentes também, e a introspecção já comentada. Sim, a comparação com Opeth tem algum fundamento, já que os vocais limpos de Further South, a faixa de abertura, lembra em muito Mikael Akerfeldt. Aeons Elapse possui um dos refrões mais grudentos que já ouvi no estilo, e como em todo o resto do álbum, as distorções demoram um pouquinho a aparecer. Aliás, não só em Aeons Elapse, mas também em Deliverance, o refrão se destaca pelas melodias mais vivas com a utilização dos vocais limpos. Antarctica the Polymorphees possui o velho, mas nunca saturado, esquema de riffs que logo de cara já chamam a atenção (ok, isso quase aos quatro minutos de música), e os vocais limpos, de novo são uma constante, juntamente com um refrão (se assim pudermos chamá- lo) que facilmente é entoado por nós enquanto estamos distraídos. A dobradinha final Fathoms Deep Blue e The Giant, a primeira sendo o primeiro contato massivo com as distorções logo na música, fecha o álbum com maestria ímpar.  Em suma, é um álbum calcado na introspecção contida entre os trechos acústicos e os muitíssimo bem explorados vocais limpos.
Site Oficial//MySpace

The Stream (single)





Ano: 2004

Tracklist:

1- The Stream

Mediafire

The Oath (demo)





Ano: 2005

Tracklist:


1- Ahab's Oath
2- The Hunt
3- The Stream
4- Outro

Mediafire


                                                          The Call of the Wretched Sea





Ano: 2005

Tracklist:


1- Below the Sun
2- The Pacific
3- Old Thunder
4- Of the Monstruous Pictures of Whales
5- The Sermon
6- The Hunt
7- Ahab's Oath

Mediafire



The Oath (EP)





Ano: 2007

Tracklist:


1- The Hunt
2- Ahab's Oath
3- The Stream
4- Outro

Mediafire

The Divinity of the Oceans



Ano: 2009

Tracklist:

1- Yet another Raft of the Medusa (Pollard's Weakness)
2- The Divinity of the Oceans
3- O Father Sea
4- Redemption Lost
5- Tombstone Carousel
6- Gnawing Bones (Coffin's Lot)
7- Nickerson's Theme

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The Giant



Ano: 2012

Tracklist:

1- Further South
2- Aeons Elapse
3- Deliverance (Shouting at the Dead)
4- Antarctica the Polymorphees
5- Fathoms Deep Blue
6- The Giant

Mediafire

3 Responses so far.

  1. Valeu de verdade cara, pela resenha e pelos downloads. Essa banda sem dúvidas é intrigante e peculiar no que faz. ABraços

    Aproveito e deixo aqui o convite para conhecer o projeto, Alice no País do LSD

  2. valeu cara, puta banda!! viciei nessa parada

  3. Anônimo says:

    Thanks!!

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