Gênero: Symphonic Black Metal / Extreme Gothic Metal
País: Reino Unido
Ano: 2012
Comentário:Dispensa comentários e apresentações sobre essa "ex" horda que aqui lhes trago. COF é talvez a banda mais controversa, odiada e perseguida por tr00s, fãs de música extrema e até por mulequinho que aprendeu a ouvir Black Metal ontem e não sabe nem o porquê dessa ira que aflingem os antigos fãs. Como já foi resenhado e muito bem resenhado por sinal aqui e aqui nesse nosso querido e majestoso blog, não vou fazer uma biografia da banda, isso já feito minuciosamente nos links acima (eu nunca faria melhor). Não deixando de relevar que eu também era fã, e fui em um show deles em São Paulo, na tour do disco "Nymphetamine" em 2004, e mesmo em uma pegada mais pop na época (o que vem se mantendo até hoje), o show não me decepcionou, muito pelo contrário.
De acordo com o site oficial, onde não consta a presença de David Pybus na banda, ao contrário do blabbermouth e do myspace da banda, onde Dave ainda esta no lineup, a saída do baixista teria sido a única mudança expressiva no lineup dede o último trabalho. Creio que o baixista não integre mais a formação, já que a gravação do contra-baixo ficou por conta de Daniel Firth. Completando o time, vem Paul Allender e James McIlroy nas guitarras, Marthus na bateria, Lucy Atkins nos vocais femininos, Will Graney na regência dos corais, e nas vozes, produção, composição das letras e tudo o mais, o mais promíscuo, odiado, pop, pomposo, untr00, poser, mais muito competente, Dani Filth, fazendo o trampo acontecer. Destaque para a arte da capa, muito bem feita, o que é uma constância nos trabalhos do COF, feita por Matt Vickerstaff, também responsável pelo layout do disco anterior.
Dani Filth deu algumas declarações sobre a concepção deste disco, dizendo: " O disco está mais curto, mais punk", "Nós nos concentramos na melodia e técnicas diferentes que foram ligeiramente ausentes da nossa música", "Ainda continua extremo, ainda é Cradle of Filth". Antes da audição do album, essas declarações já soam como desculpa e me faz esperar algo mais "nas coxas", e me deixa quase certo de uma nova tentativa de reinvenção, aliás, esse grupo é o campeão do "bla bla bla" e das reinvenções catastróficas, mudando muito, mais muito mesmo o seu gênero durante os anos, o que me deixa curioso com cada disco novo que saia, mesmo eu tendo quase certeza de que não gostarei do que irei ouvir. ( Se assemelha ao Metallica, a cada disco que lançam, tem muita falação, eu ouço, e vejo que tenho razão). Vamos a análise do cd. Contando com 11 faixas, e por incrível que pareça, a mais longa não chega a 6 minutos.Com uma introdução instrumental sem muita inspiração, "The Abhorrent" começa como um petardo, mas apesar dos urros estridentes, o vocal não tem nada de extremo, sendo cantado com uma técnica mais light e forçada. O instrumental é algo melódico, gótico e bem bonito, com destaque para a melodia e ambientação dos teclados. "Frost on Her Pillow", foi a escolhida para ilustrar um video clipe, muito bem feito pra variar, e é talvez a música mais bem feita no disco. O vocal continua sem a digital "Dani Filth", soando meio estranho a meus ouvidos. O instrumental melódico e muito bem feito, deixando pra trás o que uma vez foi black metal, sendo um gothic metal com todas as suas nuances. A minha preferida é "Succumb to This", com um riff mais pesado, um vocal feminino bem legal, mas está muito aquém do que foi feito algum dia.
Resenhar um disco novo do COF pode ser algo muito interessante, ambíguo e ingrato. Se olharmos o disco de uma maneira única, sem olhar para uma história, sem respeitar os fãs, esse disco em si, esta longe de ser ruim, aliás, é um disco de gothic muito legal, que da pra ser ouvido inteiro, não é cansativo, é sim, muito legal. Mas se for olhar uma banda pioneira do black sinfônico, a porta de entrada para o black metal (eu comparo como sendo a maconha do metal, que é a porta de entrada para coisas mais pesadas, grande parte quer coisas mais pesadas), deixa muito a desejar. Dani Filth não é mais aquele vocalista versátil, sendo a voz dele a que mais mudou, e a coisa que mais me encomodou no disco. Mesmo mantendo uma sinfonia, os riffs legais (a linha de guitarra nunca foi o forte desse grupo), a batera com a mesma pegada de outrora, parece que Dani Filth, foi e é o principal motivo dessa banda ter abdicado de uma história de clássicos como "The Principle of Evil Made Flesh", e ter afundado de vez no limbo, e mesmo com uma tentativa nova a cada disco, vejo cada vez mais longe(se não impossível) a volta aos tempos aureos, pois apesar do vocalista renegar o Black Metal, mesmo ele voltando a raíz e fazer um raw black metal tr00, sempre ira pairar sobre ele toda disconfiança, e ele pra sempre será visto como um mercenário e falso, fato. Um bom disco para quem nunca ouviu Cradle of Filth, ou para ter sua própria opinião, e reforço, bom disco de gothic metal, nada além disso.
Site Oficial / LastFM / Myspace
Tracklist:
1.The Unveiling of O - 2:07
2.The Abhorrent - 5:53
3.For Your Vulgar Delectation - 4:46
4.Illicitus - 5:24
5.Manticore - 5:53
6.Frost on Her Pillow - 4:12
7.Huge Onyx Wings Behind Despair - 4:23
8.Pallid Reflection - 5:34
9.Siding With the Titans - 5:17
10.Succumb to This - 4:43
11.Sinfonia - 3:25
Download:
Megashares / Crocko / Sendmyway / Fileflyer / Rapidgator
The Charlos - Tempestade/Brisa Buena (2023)...
Há 19 horas
Orra, deu vontade de reouvir COF, mas desde os primeiros discos...
Além disto essa banda tem algumas das melhores conexões "clipes-músicas" que eu já vi no metal extremo da época (hoje em dia tá mais fácil ver clipes fodas desse meio).