Gênero: Post-Punk/Gothic Rock
País: França
Ano: 2013
Comentário: Nos anos 80 existiu, principalmente (mas não somente), na Europa, um estilo de música que buscava suas raízes na simplicidade direta do Punk Rock porém com a melancolia de uma década decadente de fim de século, a obscuridade do ocultismo e a nostalgia clássica. Estilos melancólicos e obscuros existiram em todas as eras da música popular, em especial me referindo ao século XX, mas talvez o que foi mais longe nisso foi o Post-Punk e em sua vertente mais dedicada, o Gothic Rock. Ao lado de outros estilos com as mesmas características líricas e temáticas que surgiram no período, surgia também o rótulo do Darkwave, em referência ao termo "New Wave". A França, no meio disso, criou um cenário totalmente próprio para todos os estilos do chamado Darkwave, com uma lírica tão poética que ia além do que havia sido feito antes e uma profundidade melancólica ainda mais intensa. À essa variação sutil mas importante dos grupos franceses deu-se o nome de Coldwave. E o Soror Dolorosa é uma banda formada pela nata da musicalidade melancólica francesa da atualidade que poderia perfeitamente figurar entre as melhores bandas do Coldwave nos anos 80.
Definir a sonoridade do Soror Dolorosa é fácil: pegue simplesmente tudo de mais genial que foi produzido pela Coldwave a 30 anos atrás e remonte numa única banda. A harmonia entre os músicos é um fator essencial em uma banda de post-punk, onde tradicionalmente os vocais sempre se destacam dando o feeling necessário à atmosfera cadenciada produzida pelo baixo sempre na cara, a guitarra de background e a bateria soturna. E os vocais de Andy Julia - que já tocou em nomes fortíssimos do Black Metal francês como Peste Noire, Mutillation, Nuit Noire e Celestia - não só seguram essa responsabilidade, como a abraçam maravilhosamente. O baixo de Hervé é competente em todos os sentidos, enquanto as guitarras (originalmente compostas pelo guitarrista da banda até o ano passado, Emey) se igualam em competência construíndo as atmosferas da sonoridade de forma perfeita, executadas pelo também baterista do grupo Franck Ligabue. Frank é em realidade o guitarrista original da banda, que em
No More Heroes apenas comanda o instrumento durante as gravações, o posto atualmente é de cargo de Nicolas Mons, deixando Frank somente responsável pela bateria.
Em suma, Soror Dolorosa não é nada original, nem nada inovador, em nenhum mais remoto sentido. No entanto, nada disso é necessário pra que o Soror seja uma das melhores bandas da atualidade. A particularidade da banda talvez resida nos vocais de Andy e na incrível capacidade do grupo de soar oitentista em pleno século XXI e da forma mais absurdamente exitosa possível. Se eu já era um grande fã da banda desde seus primeiros lançamentos, em especial o debut da banda,
Blind Scenes, este disco consolidou ainda mais minha paixão pelo grupo. Se você é fã de Gothic Rock, Post Punk e toda essa sonoridade do Darkwave/Coldwave dos anos 80, Soror Dolorosa e
No Mores Heroes não são simplesmente recomendações essenciais, são obrigatórios.
Tracklist:
1. Silver Square (5:44)
2. Sound & Death (6:51)
3. Dany (6:01)
4. The Figure Of The Night (4:35)
5. Hologram (4:43)
6. Motherland (5:21)
7. Wormhole (5:54)
8. A Dead Yesterday (5:22)
9. Exodus (5:22)
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Acho que nunca comentei aqui, mas esse disco merece. Como fã de The Sisters of Mercy e Joy Division, gostei demais dessa banda. Como você bem disse, nada original nem genial, mas muito bem produzido e bom de ouvir. Já estou baixando o outro disco, que aliás tem uma capa linda. Valeu, e quem puder fazer uma visita ao perfil da minha banda no Facebook, agradeço! Abraço!
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