Gênero: Technical Death Metal
País: Estados Unidos
Ano: 2014
Comentário: De cara confesso que entre os lançamentos no ano de 2014, aqueles voltados para a esfera do Death Metal foram os que menos acompanhei. Nem irei partir com aquele vago discurso de que o estilo é repetitivo ou que as bandas atuais apenas copiam as mais antigas e coisa do tipo. Com o tempo tive minhas boas surpresas relacionadas ao Death Metal, primeiro o Morbus Chron, que lançou um dos álbuns que mais me agradaram esse ano (clique aqui para conferir) e na época me trouxe uma nova expectativa em torno dos lançamentos do estilo.
E no mês passado me deparei com uma banda que até então era uma total desconhecida para mim, o Artificial Brain. Vi ótimos comentários a respeito do seu álbum de estréia e resolvi conferir. A banda oriunda da cidade de New Stream do estado de Nova Iorque, contém em sua formação membros desconhecidos, com exceção do Dan Gargiulo, o qual já era um nome familiar pra mim devido ao Revocation.
Causar um impacto positivo em seu álbum de estréia não é tarefa fácil, mas confesso que com o Labyrinth Constellation, a banda Artificial Brain conseguiu tal façanha. Logo irei avisando que não é uma banda que trouxe uma sonoridade inovadora, todos os elementos que compõem sua sonoridade são bem familiares para aqueles que acompanham o estilo. Desde sua sonoridade que traz alguma lembrança de bandas como Gorguts e Demilich, até sua temática Sci-Fi que já foi elaborada com grande excelência pelo clássico Nocturnus, entre outras bandas. Tudo isso somado à alguns bons elementos vindos do Black Metal, dando o toque final na sonoridade feita pela banda.
A sonoridade pesada da banda é um prato cheio prato os fãs do estilo. Keith Abrami realizou uma performance impecável na bateria, uma vez que a sonoridade da banda sofre mudanças bruscas no ritmo, Abrami tem um destaque muito positivo no álbum. O baixista Samuel Smith também mostrou certo talento apesar do baixo não soar tão nítido em meio as guitarras dissonantes da banda, que ficaram sob responsabilidade Dan Gargiulo e Jon Locastro. Gargiulo como Locastro mostram versatilidade, combinando passagens mais melódicas, outras de peso incrível e as partes mais dissonantes, que são uns dos pontos altos do álbum. A performance do vocalista Will é bem sólida, impondo aquele bom e velho gutural além de partes mais ríspidas, combinou bem com a sonoridade criada pela banda.
Com faixas apresentando aspectos similares, não há grande mudança no decorrer do álbum .Os destaques do álbum ficam por conta de: "Absorbing Black Ignition", faixa na qual o peso do instrumental cede espaço para ótimas passagens mais melódicas em algumas partes, com guitarras bem dissonantes; e "Hormone's Echo", uma faixa que mescla perfeitamente um clima sombrio com um instrumental bem dinâmico e intenso.
Tracklist:
02. Absorbing Black Ignition
03. Wired Opposites
04. Worm Harvester
05. Frozen Planets
06. Orbital Gait
07. Bastard Planet
08. Labyrinth Constellation
09. Hormone's Echo
10. Moon Funeral
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